Agronegócio

Deve esfriar e gear em abril, maio e junho, aponta o boletim do Copaaergs

14 de abril de 2021
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Os próximos meses serão caracterizados pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocarão o declínio das temperaturas do ar. Durante este período, poderão ser observadas as primeiras formações de nevoeiros e geadas. É o que aponta o boletim de abril, maio e junho de 2021 do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs).

As previsões apresentadas para o trimestre são resultado do Modelo Regional Climatológico implementado no Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas (CPMet/UFPel) e do modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Segundo a coordenadora do Copaaergs, Loana Cardoso, o prognóstico climático indica para os meses de abril e maio chuvas um pouco abaixo da média em praticamente todo o Estado, exceto no litoral, onde ficarão próximas da média. Para o mês de junho as chuvas também deverão ficar um pouco abaixo da média, exceto no extremo sul e noroeste, onde deverão apresentar valores próximos à média.

“Para as temperaturas médias, o prognóstico climático indica que, no mês de abril, as temperaturas deverão ficar acima da média. Para os meses de maio e junho, o prognóstico indica temperaturas abaixo da média, com incursões de massas de ar frio, mais intensas e frequentes”, destaca Loana.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Orientações técnicas para as culturas

Culturas de verão em final de ciclo

  • Colher e armazenar o grão assim que atingir a maturação (ponto de colheita).

Arroz

  • Antecipar a adequação das áreas destinadas às lavouras de arroz na próxima safra, principalmente atividades de sistematização e preparo do solo, para possibilitar a semeadura na época recomendada;
  • Considerando os baixos níveis dos mananciais devido ao uso da água para irrigação das lavouras e que, para o próximo trimestre (abril-maio-junho), o prognóstico climático indica tendência de chuvas abaixo da média, recomenda-se que os produtores fiquem atentos para a questão da captação e armazenamento de água para a próxima safra.

Culturas de inverno

  • Considerando o prognóstico de chuvas abaixo da média no período de outono, fazer a semeadura quando as condições de umidade do solo estiverem adequadas;
  • Escalonar a época de semeadura dentro do período indicado pelo zoneamento agrícola de risco climático;
  • Nos cereais, utilizar, preferencialmente, cultivares resistentes a doenças.

Hortaliças

  • O prognóstico de precipitações abaixo da média requer atenção à necessidade de irrigação. Quando necessário irrigar dar preferência ao sistema de gotejamento;
  • Considerando o prognóstico de temperaturas abaixo da média nos meses de maio e junho ficar atento a manutenção das condições térmicas em ambientes protegidos;
  • Quando houver previsão de formação de geadas indica-se o uso de irrigação por aspersão como método de combate à geada;
  • Dar ênfase ao monitoramento de doenças, principalmente daquelas favorecidas pelo molhamento da parte aérea ou excesso de umidade no ar ou no solo.

Fruticultura

  • Manter a cobertura verde na área seja por meio de espécies espontâneas ou cultivadas, para conservação e armazenamento de água no solo;
  • Nesta fase de pós-colheita de frutíferas de clima temperado deve-se manter a sanidade das plantas para que ocorra acúmulo de reservas e ativação natural e plena do estado de dormência;
  • Nas frutíferas de clima temperado realizar os tratamentos de inverno para redução de fonte de inóculo de doenças e pragas;
  • Considerando o histórico de restrição hídrica e perda de plantas em pomares e vinhedos principalmente em áreas de solos mais rasos e pedregosos, recomenda-se investir em ações de armazenamento de água no período de outono/inverno.

Silvicultura

  • Em povoamentos florestais, deve ser evitada a adubação mineral ou orgânica com elevadas concentrações de nitrogênio;
  • Para produção de mudas florestais em céu aberto, caso haja necessidade de aplicação de fertilizantes, recomenda-se aumentar a relação potássio/nitrogênio da formulação mais indicada para cada espécie e estádio.

Pastagens

  • Realizar o plantio de forrageiras de inverno, anuais ou perenes, assim que houver condições adequadas de umidade do solo;
  • Reduzir a carga animal em pastagens naturais, tendo em vista o menor acúmulo de forragem no período de outono-inverno e do prognóstico de temperaturas do ar abaixo da média nos meses de maio e junho;
  • Diferir potreiros com pastagens cultivadas de inverno e campo nativo melhorado com sobressemeadura de espécies hibernais, para permitir o reestabelecimento dessas espécies e acumular forragem para o período hibernal.

Piscicultura

  • Realizar as despescas dos peixes que já estiverem com tamanho comercial antes do início do inverno;
  • O manejo alimentar deve obedecer a taxa de alimentação recomendada à espécie, tamanho e densidade dos animais, bem como deve levar em conta a temperatura da água e o consumo. Nesse período é importante manter os animais bem nutridos para enfrentarem o início do frio, porém deve-se evitar a sobra de ração nos tanques;
  • Para um novo povoamento, adquirir alevinos de qualidade de produtor de confiança, livres de doenças e adaptados às condições climáticas do Sul do país. Respeitar o período de quarentena e aclimatação.
Fonte: Seapdr

Cotação semanal

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Dália Alimentos* - base leitão

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Alibem - base suíno leitão

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