Suinocultura

Dirigente da ACSURS avalia 2020 e comenta sobre as perspectivas para 2021

17 de dezembro de 2020
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ESTADO – O ano de 2020 surpreendeu a todos com a pandemia do novo Coronavírus, que chegou ao Brasil na metade de março. O setor da suinocultura sofreu com restrições, fechamento de frigoríficos e passou à adequação a novos protocolos. Posteriormente, veio o aumento das exportações e a altas do preço pago pelo quilo do suíno vivo ao suinocultor, o que favoreceu o produtor, porém, por outro lado, o aumento nos custos de produção, em especial do milho e farelo de soja. Os suinocultores também foram atingidos pela estiagem.

O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS, Valdecir Luis Folador, comenta o ano de 2020 e fala sobre os desafios para 2021.

AVALIAÇÃO 2020: Apesar de todos os problemas enfrentados pela pandemia, pelas restrições que o novo Coronavírus impôs a todos, inclusive, no início, fechando frigoríficos, limitando o trabalho dos profissionais dentro das plantas industriais, com muitos protocolos sendo adequados, as indústrias se adaptando para atender a nova demanda, a Legislação, a segurança sanitária das pessoas, apesar de tudo podemos dizer que a suinocultura viveu um ano bastante positivo em relação às exportações. Tivemos bons volumes nas exportações, bons preços, mesmo que os nossos principais clientes estão na Ásia, como China, Hong Kong, entre outros, que também já eram clientes e importaram um volume maior de carne suína. Foi positivo e está sendo positivo.

O Coronavírus pouco atrapalhou nesse sentido, apenas no início da pandemia, até meados de maio, quando os preços do mercado interno despencaram, mas depois tudo voltou ao normal também no mercado interno com o auxílio emergencial que o Governo passou a pagar. Esse auxílio também foi importante para a economia, pois fez com que as pessoas comprassem mais, consumissem mais, principalmente em artigos relacionados à alimentação.

Podemos dizer que, apesar de tudo, o setor da suinocultura não tem do que reclamar até agora. A não ser pelos altos custos de produção que estamos enfrentando no segundo semestre, pela questão dos preços do milho, do soja, que tiveram altas muito expressivas em função da demanda externa e também por alguma quebra de safra, pela estiagem no Rio Grande do Sul na última safra e na safra atual.

A estiagem é um fator que vem prejudicando muito o desenvolvimento das lavouras e afeta, portanto, o merca – do de uma maneira geral.

Penso que vamos encerrar o ano nesse ritmo e vamos entrar 2021 num ritmo bastante parecido, até por – que os custos de produção estão aí, batendo à porta e extremamente elevados.

DESAFIOS 2021: O que vemos pela frente e é atual, como entidade, é estar presente nas discussões quando se trabalha a cadeia produtiva como um todo. No mercado interno, um trabalho muito forte que vem sendo desenvolvido junto à nossa entidade nacional, que é a ABCS – Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, é o incentivo ao consumo da carne suína no cotidiano das famílias. Outras ações que continuarão sendo desenvolvidas pela ACSURS estão relacionadas às questões de bem-estar animal, auxiliando o produtor quanto à Legislação, que precisam ser cumpridas pelo produtor para que ele continue produzindo. Também o aspecto do status sanitário do nosso estado dentro do setor da suinocultura e de uma maneira geral, porque nós sabemos que hoje temos um mercado externo muito forte.

O Rio Grande do Sul é um grande produtor e exportador de carne suína, mas nós temos o desafio de manter o atual status sanitário, que é o principal passaporte para que a gente continue exportando, mantendo os atuais merca – dos que temos hoje e também para que se possa conquistar novos mercados. Então, precisamos estar sempre atentos, como entidade, junto aos órgãos públicos estadual e federal para que se exerça um bom trabalho com cuidado na questão sanitária, que tem responsabilidade do setor público e também muita responsabilidade do produtor para que ele mantenha a granja num alto padrão de sanidade.

Da porteira pra dentro da granja é preciso que cada um faça a sua parte, para que da porteira pra fora a gente não sofra consequências de mercado e queda de preços, enfim, trazendo toda uma dificuldade econômica para o produtor.

“Da porteira pra dentro da granja é preciso que cada um faça a sua parte, para que da porteira pra fora a gente não sofra consequências.”

Valdecir Luis Folador,
presidente da ACSURS

Fonte: Assessoria de Comunicação - ACSURS

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 22/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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