ECONOMIA: Ações de exportadoras impedem recuo mais forte do Ibovespa

Porto Alegre, 10 de setembro de 2015 – Na contramão dos demais papéis
do Ibovespa, os da Vale e demais exportadoras operam com valorização,
impulsionadas pela alta do dólar, impedindo que o principal índice da Bolsa
acentue as perdas. Os outros ativos caem devido à perda do grau de
investimentos do Brasil pela agência de classificação de risco Standard &
Poor’s (S&P).

Segundo Pedro Galdi, analista de investimento da WhatsCall Consultoria,
passado o estresse da abertura e com a alta de papéis de exportadoras, o
índice deve manter o viés de queda, porém, com mais alívio que o esperado.
“Embraer, Vale, Suzano, são papéis de empresas com receita em dólar que se
favorecem da alta da moeda. Já tem gente falando que a moeda pode não só
testar os R$ 4,00 como chegar em R$ 4,40”.

A valorização das ações da Vale também reflete a alta do preço de
minério de ferro no mercado à vista chinês, que subiu 2,8% para US$ 58,50 por
tonelada. Por outro lado, companhias muito endividadas em dólar, como a Gol e
a Oi, sofrem mais e lideram as perdas, observou Galdi.

O sócio da Humaitá Investimentos, Frederico Mesnik, destacou que o
alto custo da dívida externa está entre os fatores que penalizam os papéis da
Petrobras nesta sessão, que perdiam 4,05%, cotados a R$ 8,05, às 12h36. “Os
ativos de empresas ligadas ao governo como Petrobras, Banco do Brasil e
Eletrobras sofrem mais com a perda do selo de bom pagador do Brasil”, disse.
Há pouco, o Ibovespa caía 0,69%, aos 46.337 pontos. As informações partem da
Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

Copyright 2015 – Grupo CMA