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ECONOMIA: Balanço da Petrobras frustra mercado e pressiona Ibovespa

28 de janeiro de 2015
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Porto Alegre, 28 de janeiro de 2015 – O Ibovespa opera em queda, seguindo
o aumento da aversão sobre os papéis da Petrobras após a empresa divulgar um
balanço trimestral negativo e sem o reconhecimento de baixas contábeis
causadas pela Operação Lava Jato.

Com a frustração em torno do resultado trimestral da Petrobras, aumenta
a posição de venda do acionista, forçando os papéis da empresa a caírem 10%
e arrastando o índice para o campo negativo, sem perspectiva de melhora no
curto prazo.

“Petrobras trouxe frustração. O investidor esperava sair alguma coisa
e não saiu, não se sabe o tamanho do rombo causado pela corrupção. Isso
contamina todos os papéis de vários setores porque aumentam os receios. A
expectativa em torno desse balanço era grande”, afirma José Costa, diretor da
Máxima Corretora.

Segundo ele, o discurso da presidente Dilma Rousseff ontem em encontro
com ministros também não convenceu totalmente o mercado em relação ao
comprometimento do governo com os ajustes fiscais.

Por isso, apesar da leitura de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
terá carta branca para atuar em prol do equilíbrio fiscal, ainda há receios
sobre o quanto isso poderá ser alcançado.

Para Álvaro Bandeira, economista-chefe da Órama Investimentos, a
pressão do lado externo após a vitória do partido antiausteridade Syriza nas
eleições na Grécia também ajuda a deixar a perspectiva ruim para o mercado
brasileiro.

“Os mercados lá fora também estão pressionados pela questão da
Grécia e a não recuperação da zona do euro, além de desaceleração da
China. Aqui dentro, a situação continua desfavorável em termos de política
econômica e queda de Petrobras, que está muito forte”, afirma Bandeira.

No momento, o Ibovespa recua 1,74%, a 47.745,30 pontos. No mercado
futuro, os contratos do índice com vencimento em fevereiro caem 1,92%, a 47.960
pontos, enquanto os com vencimento em abril recuam 1,48%, a 48.670 pontos.

Entre os papéis mais negociados, os preferenciais de Petrobras (PETR4)
desvalorizam 10,12%, a R$ 9,14, enquanto os PNs do Bradesco (BBDC4) caem 1,11%,
a R$ 35,60. A ação PN do Itaú Unibanco (ITUB4) recua 0,78%, a R$ 34,03. As
informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

Copyright 2015 – Grupo CMA

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