Porto Alegre, 5 de maio de 2022 – O Banco da Inglaterra (BoE) divulgou hoje
sua decisão de política monetária e aumentou a taxa de juros para 1%, contra
os atuais 0,75%, no intuito de apoiar a volta da inflação à meta de 2%. Mas
os membros do banco preveem uma inflação ainda maior, de 10%, até o final do
no.
“As pressões inflacionárias globais se intensificaram acentuadamente
após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Isso levou a uma deterioração
material nas perspectivas para o crescimento mundial e do Reino Unido”, diz o
BoE no comunicado sobre a reunião.
“Esses desenvolvimentos exacerbaram muito a combinação de choques
adversos de oferta que o Reino Unido e outros países continuam enfrentando. As
preocupações com mais interrupções na cadeia de suprimentos também
aumentaram, tanto devido à invasão da Ucrânia pela Rússia quanto aos
desenvolvimentos do covid-19 na China”, continua o banco central.
A instituição estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido
tenha aumentado 0,9% no primeiro trimestre de 2022, mais forte do que o esperado
no relatório de política monetária de fevereiro. Segundo o BoE, o nível do
PIB deverá permanecer praticamente inalterado no segundo trimestre.
Em seu comunicado, o banco lembra que a inflação em doze meses subiu para
7,0% em março, cerca de 1 ponto percentual acima do esperado no relatório de
fevereiro. “A força da inflação em relação à meta de 2% reflete
principalmente grandes aumentos anteriores nos preços globais de energia e bens
comercializáveis, o último dos quais se deve à mudança na demanda global
para bens duráveis.
Espera-se que a inflação aumente ainda mais ao longo de 2022 para pouco
mais de 9% no segundo trimestre e com média ligeiramente superior a 10% em seu
pico no quarto trimestre. “A maior parte desse aumento adicional reflete os
preços mais altos da energia doméstica após o grande aumento no teto de
preço do Ofgem em abril e o grande aumento adicional projetado em outubro”,
ressalta o banco central.
Segundo o BoE, a inflação dos preços ao consumidor provavelmente
atingirá o pico mais tarde no Reino Unido do que em muitas outras economias e,
portanto, poderá cair mais tarde. “O aumento esperado da inflação do IPC
[índice de preços ao consumidor] também reflete o aumento dos preços de
alimentos, bens básicos e serviços”, diz o texto.
O BoE aposta que, com a política monetária atuando para garantir que as
expectativas de inflação de longo prazo estejam próximas da meta de 2%, a
pressão ascendente sobre a inflação do IPC deverá se dissipar ao longo do
tempo.
Considerando o cenário de instabilidade global e aumento dos preços de
energia, a maioria dos membros do Comitê avalia que algum grau de aperto
adicional na política monetária ainda pode ser apropriado nos próximos meses.
O BoE “continuará a analisar a evolução à luz dos dados recebidos e suas
implicações para a inflação de médio prazo”. As informações partem da
Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45