‘-ECONOMIA: BOLSAS ASIÁTICAS FECHAM EM BAIXA POR TENSÕES NO IRAQUE

SAFRAS (25) – Os principais índices do mercado de ações da Ásia
fecharam o dia de hoje em queda, seguindo a tendência negativa do fechando das
bolsas norte-americanas ontem e respondendo ao aumento das tensões no Iraque.
Ontem, aviões Sírios atacaram a província de Anbar e mataram pelo menos
50 pessoas, num esforço para ajudar o governo iraquiano a combater o grupo
sunita extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS, na sigla em
inglês), que vem invadindo diversas cidades nos últimos dias. O Irã também
se uniu ao país vizinho, separando forças especiais para proteger a capital do
Iraque, Bagdá, e as cidades sagradas xiitas de Najaf e Karbala.
O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, caiu 0,71%, a 15.266,61 pontos.
Na China, o Xangai Composto caiu 0,41%, a 2.025,50 pontos, e o Hang Seng, de
Hong Kong, ficou praticamente estável, com leve queda de 0,06%, a 22.866,70
pontos. Já o índice Kospi, da Coreia do Sul, fechou com baixa de 0,63%, a
1.981,77 pontos.
O dia não teve indicadores importantes no continente asiático. Entre as
notícias, o vice-presidente do Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do
país), Liu Shiyu, afirmou que o sistema financeiro do país apresenta riscos
proeminentes em alguns setores e regiões do país, embora, de maneira geral, a
situação esteja sob controle. As informações são da agência de notícias
oficial do governo, a “Xinhua”.
Segundo o dirigente, o nível de endividamento de algumas empresas está
excessivamente elevado, resultando em riscos de crédito, e há um aumento da
possibilidade de calotes em alguns setores e regiões, dado que o número de
empréstimos ruins nas carteiras de bancos comerciais vem crescendo pelo décimo
trimestre consecutivo.
Há também problemas na administração da liquidez dos mercados,
principalmente com a desaceleração do programa de compra de ativos do Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Segundo Liu, para conter estes
riscos, o banco central chinês vai usar ferramentas de política monetária,
além de fortalecer a regulamentação no mercado financeiro, melhorar sistemas
e monitorar o fluxo de capital estrangeiro. A autoridade monetária também deve
aprofundar as reformas no setor financeiro para aumentar as defesas contra
estes perigos. As informações são da Agência CMA.

(CS)