‘-ECONOMIA: BOLSAS EUROPEIAS SOBEM ANTES DE DADOS DE EMPREGO DOS EUA

Porto Alegre, 3 de outubro de 2014 – A maioria dos índices acionários da
Europa opera em alta na manhã desta sexta-feira, com os investidores aguardando
os dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, na expectativa de que
a criação de empregos fique acima de 200 mil postos em setembro.

Por volta das 9h12 (de Brasília), o índice FTSE 100, da bolsa de Londres,
subia 0,96%, a 6.508,31 pontos; o CAC-40, de Paris, avançava 0,51%, a 4.264,34
pontos; o FTSE MIB, de Milão, expandia 0,72%, a 20.037,64 pontos; e o Ibex-35,
da bolsa de Madri, crescia 0,83%, a 10.504,80 pontos.

A única bolsa a recuar era a de Zurique, com o SMI-20 caindo 0,14%, a
8.642,84 pontos. A bolsa de Frankfurt não opera devido a feriado local.

“O principal evento permanece sendo o relatório de empregos dos Estados
Unidos em setembro”, afirmou, em nota, o analista chefe de mercado da CMC
Markets, Michael Hewson. “E com o Federal Reserve [Fed, o banco central
norte-americano] encerrando o plano de compra de ativos no final deste mês, os
investidores esperam que o crescimento de empregos retorne aos números que
vimos na maior parte do ano, acima de 200 mil”.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulga, às 9h30, a taxa de
desemprego e número de vagas criadas ou eliminadas em setembro no país. Em
agosto, foram criadas 142 mil vagas e a taxa de desemprego caiu a 6,1%. A
estimativa dos analistas consultados pela Agência CMA é de criação de 215
mil vagas em setembro e manutenção da taxa em 6,1%.

A expectativa fez as ações europeias reverterem as fortes quedas de
ontem, quando todos os índices fecharam com quedas de mais de 1% depois da
decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Na ocasião, o presidente do BCE, Mario Draghi, deu poucos indícios sobre
medidas adicionais de estímulo que a autoridade monetária poderia adotar no
futuro, reforçando apenas, como já é de costume, que “se for necessário,
usaremos [BCE] mais instrumentos não convencionais”.

A divulgação dos dados revisados sobre os índices dos gerentes de
compras (PMI, na sigla em inglês) da atividade do setor privado em diversos
países também não entrou no foco os investidores. Segundo os dados divulgados
na manhã de hoje, o PMI composto da zona do euro, que agrega dados dos setores
industrial e de serviços, baixou para 52 pontos em setembro, após marcar 52,5
pontos em agosto e 52,3 pontos na leitura preliminar.

Para Hewson, o número “apenas reforça as dificuldades e a política em
jogo na zona do euro”. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS

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