ECONOMIA: Bolsas europeias sobem com expectativas por reunião do BCE

Porto Alegre, 4 de março de 2015 – Em dia volátil, os principais
índices do mercado de ações da Europa fecharam as negociações em alta, com
os investidores focados na reunião de amanhã do Banco Central Europeu (BCE),
quando a instituição poderá anunciar quando começará a comprar títulos
públicos da zona do euro. Indicadores positivos divulgados na manhã também
ajudaram a impulsionar as ações.

Em janeiro, o BCE anunciou que expandiria seu programa de compra de ativos
para incluir nele títulos soberanos. As compras devem começar em março, mas
o mercado aguarda a divulgação da data exata.

Na reunião de amanhã, o BCE também deverá atualizar suas projeções
para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação de 2015 e 2016, além de
anunciar pela primeira vez as projeções para 2017. A expectativa é de que o
banco reduza as previsões para a inflação, como reflexo da queda nos preços
do petróleo, mas eleve as estimativas para o PIB.

Em dezembro, quando as últimas projeções foram divulgadas, o BCE previa
inflação de 0,7% em 2015 e de 1,3% em 2016 e crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) de 1% para a eurozona este ano e de 1,5% no próximo ano.

Entre os indicadores econômicos de hoje, as vendas do varejo dos países
que compõem a zona do euro subiram 1,1% em janeiro na comparação com o mês
anterior, já descontados fatores sazonais, após apresentarem alta de 0,4% em
dezembro. Em relação a janeiro de 2014, as vendas no varejo da zona do euro
cresceram 3,7%.

Também foram publicados os índices dos gerentes de compras (PMI, na
sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços. Na zona do euro, o
indicador revisado subiu para 53,7 pontos em fevereiro, de 52,7 pontos em
janeiro. Na Alemanha, o indicador passou de 54 pontos em janeiro para 54,7
pontos em fevereiro. Já no Reino Unido, o PMI caiu de 57,2 pontos para 56,7
pontos, mas ainda assim se manteve em nível elevado.

Apesar do fechamento em alta, alguns índices chegaram a operar em baixa
durante o pregão, após o resultado pior do que o esperado para a criação de
vagas nos Estados Unidos.

O setor privado norte-americano criou 212 mil vagas de trabalho em
fevereiro, de acordo com relatório publicado pela Automatic Data Processing
(ADP) e pela Macroeconomic Advisers. Analistas esperavam a abertura de 220 mil
vagas.

O relatório é considerado uma espécie de prévia para o dado oficial
de criação de emprego que será divulgado na sexta-feira pelo Departamento do
Trabalho.

O índice FTSE-100, da bolsa de Londres, teve alta de 0,44%, a 6.919,24
pontos; o índice Dax-30, da bolsa de Frankfurt, subiu 0,98%, a 11.390,38
pontos; o CAC-40, de Paris, avançou 0,99%, a 4.917,35 pontos; o FTSE-MIB, de
Milão, ganhou 0,65%, a 22.131,08 pontos; o Ibex-35, de Madri, teve alta de
0,33%, a 11.051,30 pontos; e o SMI-20, da bolsa de Zurique, teve alta de 0,42%,
a 8.992,50 pontos. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras) / Agência Safras

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