Porto Alegre, 3 de outubro de 2014 – A maioria dos principais índices do
mercado de ações da Europa fechou as negociações em alta, impulsionados pelo
dado de criação de empregos dos Estados Unidos, que veio melhor do que o
esperado.
O Departamento de Trabalho informou que a economia norte-americana criou
248 mil postos de trabalho em setembro e que a taxa de desemprego do país caiu
0,2 ponto percentual ante agosto, para 5,9%.
A expectativa dos analistas era de criação de 215 mil vagas e
estabilidade na taxa de desemprego em 6,1%. O número de vagas geradas em agosto
foi revisado para cima, a 180 mil, depois de originalmente ter sido divulgada a
criação de 142 mil empregos no período.
“A recuperação das vagas e uma nova queda na taxa de desemprego de
setembro aumentam a chance de que o Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) faça a primeira alta de juros em março do próximo ano, ao
invés de esperar até junho”, afirmou o economista sênior para Estados
Unidos da Capital Economics, Paul Dales, por meio de relatório.
No entanto, o analista da Alpari, Joshua Mahony, observa que apesar da
força dos números do emprego, ainda há fraqueza na qualidade do mercado de
trabalho, com a taxa de participação da força de trabalho caindo para o
nível mais baixo desde fevereiro de 1978 e os ganhos salariais médios ficando
praticamente estáveis entre agosto e setembro.
A taxa de participação indica qual o percentual da população em idade
de trabalho que está efetivamente trabalhando ou procurando empregos.
“Com os trabalhos de meio período ainda altos, o crescimento dos
salários praticamente nulo e a taxa de participação caindo, a chamada
‘fraqueza’ no mercado de trabalho, que [a presidente do Fed] Janet Yellen
cita, ainda é um verdadeiro problema”, diz o analista.
Os dados sobre emprego monopolizaram as atenções do mercado hoje e os
papéis foram pouco afetados pelos indicadores econômicos divulgados hoje.
Segundo o instituto de pesquisas Markit Economics, a leitura revisada do
índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre o setor de
serviços na eurozona caiu a 52,4 pontos em setembro, de 53,1 pontos em agosto.
Leituras acima de 50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores
menores apontam contração. Na versão preliminar, o indicador havia caído
para 52,8 pontos.
Já o PMI composto, que agrega dados dos setores industrial e de
serviços, baixou para 52 pontos em setembro, após marcar 52,5 pontos em agosto
e 52,3 pontos na leitura preliminar.
O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, subiu 1,26%, a 6.527,91 pontos; o
CAC-40, de Paris, avançou 0,92%, a 4.281,74 pontos; o FTSE MIB, de Milão,
expandiu 1,54%, a 20.200,62 pontos; e o Ibex-35, da bolsa de Madri, cresceu
1,44%, a 10.567,60 pontos; e o índice SMI-20, de Zurique, teve alta de 0,33%,
a 8.683,53 pontos.
A bolsa de Frankfurt permaneceu fechada devido a feriado. Mesmo com as
altas de hoje, os investidores não conseguiram recuperar todas
as perdas da semana. Ontem, em especial, os índices fecharam com mais de 1% de
queda depois que o Banco Central Europeu (BCE) deixou o mercado sem pistas sobre
o tamanho de seu programa de compra de ativos do setor privado e sem indícios
de mais afrouxamento monetário.
No acumulado da semana, o FTSE 100, caiu 1,82%, o CAC-40 perdeu 2,5%, o
FTSE MIB teve queda de 2,86%, o Ibex-35 caiu 2,6%; o DAX-30 perdeu 3,1% e o SMI
-20 perdeu 1,03%. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br)
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