Porto Alegre, 24 de setembro de 2014 – O Brasil violaria a essência do
Mercosul se fechasse algum acordo de comércio exterior sem envolver os membros
do grupo, afirmou o embaixador e ex-alto-representante do bloco, Samuel Pinheiro
Guimarães Neto.
“O que se está comentando [nas campanhas eleitorais] é que o Brasil
poderia fazer negociações separadas”, disse ele. “É uma questão complicada
porque negociações separadas significam não respeitar o princípio básico
do Mercosul – tarifas iguais para os produtos nos cinco países.”
Durante teleconferência promovida pela consultoria GO Associados, o
embaixador ressaltou que para o Brasil negociar acordos comerciais com outros
países fora do âmbito do Mercosul seria necessário extinguir a tarifa externa
comum instituída pelo bloco em 1995.
Neto disse também que o Mercosul poderia ganhar novo vigor se passasse do
formato atual de união aduaneira para um projeto de desenvolvimento econômico
regional em que o lado comercial seria apenas uma das partes do bloco. Segundo
ele, há iniciativas neste sentido.
“É só lembrar que até recentemente Assunção [Paraguai] tinha
apagão todo dia. O Brasil doou uma linha de transmissão, fundamental para o
desenvolvimento industrial do país. Isso foi medida muito importante para
transformar Mercosul num processo de desenvolvimento”, afirmou. As
informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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