Porto Alegre, 31 de agosto de 2023 – A ata da reunião de política monetária do Banco Central
Europeu (BCE) realizada nos dias 26 e 27 de julho divulgada, nesta quinta-feira, revelou discussões
sobre a possibilidade de um novo aumento das taxas de juros em setembro.
As conversas giraram em torno da possibilidade de um novo aumento das taxas de juros em
setembro, o que despertou opiniões divergentes entre os membros do BCE. Conforme relatado na ata,
um grupo defendeu a necessidade de tal medida, “Um novo aumento em setembro será necessário se
não houver evidência convincente de que o efeito do aperto monetário acumulado foi forte o
suficiente para reduzir a inflação subjacente.”
No entanto, outra perspectiva foi levantada, destacando a possibilidade de que as projeções
econômicas a serem divulgadas em setembro já apontassem para um cenário favorável, sem a
urgência de um aumento adicional nas taxas de juros: “Por outro lado, foi argumentado que é
bastante provável que as projeções de setembro da equipe do BCE revisassem a trajetória da
inflação para baixo o suficiente em direção a 2%, sem a necessidade de outro aumento das taxas
de juros em setembro.”
O BCE também reconheceu a mudança na perspectiva dos mercados financeiros globais, conforme
registrado na ata: “Schnabel observou que, desde a anterior reunião de política monetária do
Conselho do BCE, realizada em 14 e 15 de junho de 2023, a narrativa nos mercados financeiros globais
mudou de um cenário de ‘maior duração’ para a inflação para um otimismo crescente num cenário
de desinflação.”
As discussões também abordaram a desaceleração da atividade econômica global, que trouxe um
elemento de preocupação: “Lane observou que a atividade econômica global tinha sido resiliente no
primeiro semestre do ano, mas tinha perdido visivelmente o dinamismo nas últimas semanas.”
Em relação aos próximos passos, o BCE indicou uma abordagem cautelosa e sensível aos dados
econômicos futuros: “O Conselho do BCE deverá sublinhar a continuidade na sua orientação
política geral. Na altura da reunião de setembro, uma nova ronda de projeções dos especialistas
estará disponível para o Conselho do BCE. Entre os dados disponíveis, estariam disponíveis
divulgações sobre a inflação de julho e agosto, bem como mais provas da velocidade e força da
transmissão monetária.”
O BCE reconhece a necessidade de análise contínua e uma abordagem flexível para atingir a
meta de inflação a 2%: “O Conselho do BCE deverá também continuar a sinalizar que o nível e a
duração apropriados da restrição dependeriam dos dados.”
Além disso, a instituição reforça a importância de não emitir sinais precipitados. “Em
particular, prevaleceu um amplo acordo de que, antes da sua reunião de setembro, o Conselho do BCE
não deveria sugerir novos aumentos das taxas nem sinalizar que iria interromper o aumento das taxas
ou que tinha atingido a taxa máxima”, destacou a ata. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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