Porto Alegre, 10 de maio de 2022 – Ao avaliar o cenário externo, o Comitê
de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), em ata divulgada hoje,
indicou o ambiente global ainda se deteriorando. “As pressões inflacionárias
decorrentes da recuperação global após a pandemia foram exacerbadas pelo
avanço nos preços de commodities este ano e, mais recentemente, pela nova onda
da Covid-19 na China, com potencial de prolongar ainda mais o processo de
normalização do suprimento de insumos industriais”, destacou a ata.
Segundo o documento, a reorganização das cadeias de produção globais,
já impulsionada pela guerra na Ucrânia, deve se intensificar, com a busca por
uma maior regionalização na cadeia de suprimentos. Na visão do Comitê, esses
desenvolvimentos podem ter consequências de longo prazo e se traduzir em
pressões inflacionárias mais prolongadas na produção global de bens.
A ata destaca que bancos centrais de países desenvolvidos e emergentes
têm adotado uma postura mais contracionista em reação ao avanço da
inflação, ainda que, em boa parte dessas economias, as taxas de juros
correntes ainda estejam em campo avaliado como expansionista. “Diante da
potencial persistência do processo inflacionário, a reprecificação da
política monetária nos países avançados tem impactado as condições
financeiras dos países emergentes”.
No âmbito doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica
divulgado desde a última reunião do Copom indica um crescimento em linha com o
que era esperado pelo Comitê. “O mercado de trabalho segue em recuperação e
indicadores relativos ao comércio e à indústria apresentaram melhora na
margem”, frisa o documento.
Os membros do Comitê reiteraram que a inflação ao consumidor segue
elevada, com alta disseminada entre vários componentes, se mostrando mais
persistente que o antecipado. A inflação de serviços e de bens industriais se
mantém alta, e os recentes choques levaram a um forte aumento nos componentes
ligados a alimentos e combustíveis.
Segundo a ata, as leituras recentes vieram acima do esperado e a surpresa
ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos mais associados à
inflação subjacente. “Nos itens mais voláteis, continua se destacando o
aumento do preço da gasolina, com impacto maior e mais rápido do que era
previsto. Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política
monetária seguem com inflação elevada e as diversas medidas de inflação
subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da
meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2022 e 2023 apuradas
pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 7,9% e 4,1%, respectivamente”. As
informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45