Porto Alegre, 13 de dezembro de 2022 – O Comitê de Política Monetária do Banco Central
(Copom/BC) enfatizou que o ambiente externo se mantém adverso e volátil, marcado pela perspectiva
de crescimento global abaixo do potencial no próximo ano, e que pode ajustar o ritmo da taxa
básica de juros.
“O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não
hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como
esperado”, afirmou em ata.
Apesar de manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. o Comitê entende que essa decisão
reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do
que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da
inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e de
2024.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão
também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno
emprego”, afirmou em ata. “O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de
manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de
assegurar a convergência da inflação e reforça que irá perseverar até que se consolide não
apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas
metas”, prosseguiu.
O Comitê ressaltou que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em
ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de
inflação, destacam-se uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; a elevada
incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais adicionais que impliquem
sustentação da demanda agregada, parcialmente incorporados nas expectativas de inflação e nos
preços de ativos; e um hiato do produto mais estreito que o utilizado atualmente pelo Comitê em
seu cenário de referência, em particular no mercado de trabalho.
Entre os riscos de baixa, ressaltam-se uma queda adicional dos preços das commodities
internacionais em moeda local; uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do
que a projetada; e a manutenção dos cortes de impostos projetados para serem revertidos em 2023. A
conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal, requer serenidade na avaliação dos riscos.
O Comitê acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em
particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos
sobre a dinâmica da inflação prospectiva.
Houve uma discussão sobre as perspectivas inflacionárias a partir das informações mais
recentes. “Alguns membros notaram o movimento benigno de commoditie sem reais, ressaltando riscos de
queda adicional à frente. Outros membros enfatizaram o caráter volátil desses preços em ambiente
de estoques pressionados”, afirmou em ata. “Por fim, todos avaliaram que a inflação corrente não
surpreendeu de forma relevante em relação à expectativa ou alterou substancialmente o
entendimento a respeito da dinâmica futura de inflação. Além disso, ressaltaram que a
desinflação de serviços e dos núcleos de inflação, componentes de maior inércia, demandarão
maior atenção e perseverança na condução da política monetária”, completou. As informações
são da Agência CMA.
Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 12/06/2025 09:40