ECONOMIA: Dilma Rousseff anuncia reajuste no Bolsa Família e correção no IR

Porto Alegre, 02 de maio de 2016 – Neste domingo, feriado do Dia do
Trabalho, a presidente Dilma Rousseff, em evento promovido pela Central Única
dos Trabalhadores, anunciou um reajuste médio de 9% no Bolsa Família e a
correção de 5% na tabela do Imposto de Renda. Dilma aproveitou para reforçar
o discurso em defesa da manutenção do seu mandato e afirmou que a decisão de
reajustar o programa social não foi “de última hora” e já integra o
programa orçamentário deste ano.

“Eles gostam de falar que o governo acabou, fazem isso numa tentativa de
nos paralisar… Mas, enquanto isso, nós estamos autorizando um reajuste no
Bolsa Família, que vai resultar em um aumento médio de 9% para as famílias”.
“Esta proposta foi aprovada pelo Congresso e diante do quadro atual tomamos
medidas que garantem o aumento na receita deste ano e dos próximos para
viabilizar este aumento. Tudo isso sem comprometer o quadro fiscal”, garantiu.

Ela contestou também a afirmativa da oposição de que o País está
parado. “Não estamos paralisados. Eles querem pagar Bolsa Família para apenas
5% dos mais pobres do país, o que dá dez milhões de pessoas. Hoje
alcançamos 46 milhões de pessoas com o benefício. Nós estamos autorizando o
reajuste que vai resultar em um aumento médio de 9% para as famílias”,
destacou.

A presidente anunciou ainda a contratação de “um mínimo” de 25 mil
moradias do Minha Casa Minha Vida Entidades e o aumento do tempo de
licença-paternidade para os funcionários públicos, que agora passa a ser de
20 dias, em vez de cinco. “Estamos incentivando os homens funcionários
públicos desse País a ajudar as mulheres”, disse. Dilma informou também que
o governo federal vai lançar o Plano Safra da Agricultura Familiar nos
próximos dias.

Em defesa de seu mandato, voltou a falar da ilegitimidade de uma possível
eleição indireta. “Meu mandato não é um mandato de uma pessoa individual,
é um mandato que me foi dado por 54 milhões de pessoas, que acreditavam num
projeto. Esse projeto que eles querem impor ao Brasil não é o projeto
vitorioso nas urnas. Se querem esse projeto, vão às urnas em 2018, se forem
eleitos, se conseguirem votos legitimamente. Mas querem chegar ao poder sem
voto, numa eleição indireta sob o disfarce de impeachment, não passarão”,
declarou. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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