Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2015 – A presidente Dilma Rousseff
enfrentou ontem a primeira derrota no Legislativo Federal em seu segundo mandato
após os deputados federais elegerem, com 267 votos, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
como presidente da Câmara para o biênio 2015-2016.
Embora integrante formal da base governista por ser filiado ao partido do
vice-presidente Michel Temer, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB), Cunha é considerado pelo Planalto um nome oposicionista no partido
aliado.
Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado preferido pelo Planalto para presidir a
Câmara, obteve 136 votos. Júlio Delgado (PSB), que era apoiado por seu
partido, pelo PSDB e PPS, ficou com 100 votos. Candidato avulso, Chico Alencar
(PSO-RJ) obteve oito votos. Houve ainda dois votos em branco.
A votação foi secreta, mas os líderes do PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC,
PHS, PTN, PMN, PRP, PEN, PSDC e PRTB – além do próprio PMDB que ainda é
liderado por Cunha – haviam declarado apoio à candidatura do peemedebista
contra a candidatura de Chinaglia, que pela tradição da Casa Legislativa
deveria ser o candidato oficial da disputa por ser membro da maior bancada da
Câmara.
Empossado imediatamente após a declaração da vitória – como determina o
Regimento Interno – Cunha assumiu o comando dos trabalhos na Câmara com um
discurso conciliador e garantiu que não há riscos para a governabilidade da
presidente com sua eleição.
“O fato de colocarmos em pauta matérias que são anseio da Casa não
significa que estaremos indo contra a governabilidade. Somos responsáveis o
suficiente para saber que o País precisa de responsabilidade política,
necessária à responsabilidade econômica”, disse.
Questionado, o peemedebista classificou como “descabida” qualquer
iniciativa de impeachment da presidente da República. Ele também prometeu dar
agilidade a projetos de interesse dos deputados, como a conclusão da PEC do
Orçamento Impositivo, durante seu mandato.
Com a derrota de Chinaglia, o PT, maior partido na Câmara, ficará sem
nenhum posto na Mesa Diretora do Biênio 2015-2016. Além de Cunha foram eleitos
para a 1a Vice-Presidência, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA); e para a 2a
Vice-Presidência o deputado Giacobo (PR-PR).
A 1a Secretaria, considerado o segundo cargo mais importante da Câmara por
ser o responsável pela gestão dos recursos da Casa Legislativa, ficou com o
deputado Beto Mansur (PRB-SP). A 2a Secretaria, com o deputado Felipe Bornier
(PSD-RJ); a 3a Secretaria com a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) e a 4a
secretaria, com o deputado Alex Canziani (PTB-PR).
Foram eleitos ainda os suplentes Mandetta (DEM-MS); Gilberto Nascimento
(PSC-SP); Luiza Erundina (PSB-SP); e Ricardo Izar (PSD-SP).
Nascido na capital fluminense, Eduardo Cunha exercerá seu quarto mandato
consecutivo sempre eleito pelo PMDB. Já foi presidente da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania e ainda ocupa a liderança do PMDB na
Casa.
Ele foi relator da PEC que prorrogava a Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF) durante o governo Lula em 2007. Por sua demora
em apresentar o parecer sobre a emenda constitucional, foi classificado pelo
Planalto como um dos responsáveis pela derrota em plenário que resultou
posteriormente na extinção do tributo. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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