Porto Alegre, 21 de outubro de 2015 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,66% em outubro e ficou 0,27
ponto percentual acima da taxa de setembro (0,39%). Esse foi o índice mais
elevado para um mês de outubro desde 2002 (0,90%). O acumulado no ano (8,49%)
foi o mais elevado acumulado de janeiro a outubro desde 2003 (9,17%). Em 2014, o
acumulado no mesmo período estava em 5,23%. Quanto aos últimos 12 meses
(9,77%), a taxa acumulada ficou não somente acima dos 12 meses imediatamente
anteriores (9,57%) como foi a mais elevada desde dezembro de 2003 (9,86%). Em
outubro de 2014 o IPCA-15 fora de 0,48%.
O índice do mês foi influenciado pelos três grupos que mais pesam no
orçamento das famílias: Habitação, com alta de 1,15%, Transportes (0,80%) e
Alimentação e Bebidas (0,62%). Juntos, somando 0,48 pontos percentuais (p.p.)
de impacto, foram responsáveis por 72,73% do resultado do IPCA-15 de outubro.
Individualmente, o impacto mais elevado foi exercido pelo item botijão de
gás (0,11 p.p.), do grupo Habitação (1,15%). Os preços desse item aumentaram
10,22% em outubro, depois de subirem 5,34% em setembro, acumulando 16,11%
nestes dois meses. Este foi o reflexo, nos pontos de distribuição ao
consumidor, do reajuste de 15% nas refinarias autorizado pela Petrobras, com
vigência a partir de 1 de setembro.
Nos Transportes (0,80%), o principal destaque ficou com a gasolina, 1,70%
mais cara, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 6% nas refinarias
autorizado pela Petrobras, com vigência a partir de 30 de setembro. Além
disso, o etanol subiu 4,83% nas bombas, contribuindo também para a alta da
gasolina, já que faz parte de sua composição.
No grupo Alimentação e Bebidas (0,62%), os alimentos consumidos em casa
subiram 0,39%, enquanto a alimentação fora teve alta de 1,06%. Vários
produtos subiram de um mês para o outro, entre eles o frango inteiro (5,11%),
batata-inglesa (4,22%), arroz (2,15%), pão francês (1,14%), carnes (0.97%) e a
refeição fora de casa (1,15%).
O maior índice regional foi o de Brasília (1,28%), influenciado pela alta
de 26,67% no item ônibus urbano, cujas tarifas foram reajustadas em 33,34%, a
partir de 20 de setembro. A energia elétrica (4,55%), cujas contas ficaram
18,26% mais caras desde 26 de agosto também influiu. O menor índice foi o da
região metropolitana de Recife (0,24%).
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de
setembro a 14 de outubro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes
de 14 de agosto a 14 de setembro de 2015 (base). O indicador refere-se às
famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São
Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A
metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de
coleta dos preços e na abrangência geográfica. As informações partem do
IBGE.
Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 31/07/2025 11:10