‘-ECONOMIA: EXPECTATIVA PELO FOMC LEVA BOLSAS EUROPEIAS A FECHAR EM ALTA

SAFRAS (17) – Os principais índices acionários europeus encerraram o dia
em alta, depois dois dias terminando em queda, com os mercados aguardando a
reunião de amanhã do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Os investidores também reagem moderadamente aos dados econômicos divulgados e
às notícias vindas do Iraque e da China.
Amanhã, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se
reunirá para decidir o rumo da política monetária dos Estados Unidos. Além
da decisão, o grupo apresentará suas projeções para a economia do país. A
presidente do Fed, Janet Yellen, fará uma entrevista coletiva após a reunião.
Os índices ganharam um pouco de força depois de o Fundo Monetário
Internacional (FMI) divulgar ontem que os Estados Unidos devem registrar emprego
máximo apenas em 2017, o que abre espaço para o Fed manter a taxa de juros
nos atuais níveis baixos por um período que ultrapassa meados de 2015, quando
o mercado espera a primeira elevação.
Ainda nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulgou hoje o
índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,4% em
maio na comparação mensal, já descontados os fatores sazonais. Analistas
esperavam alta de 0,2%. Nos 12 meses encerrados em maio, o avanço foi de 2,1%.
Já o Departamento do Comércio divulgou hoje que a construção de
moradias no país em maio caiu 6,5% ante abril, para 1,001 milhão de unidades.
Na comparação anual, a construção de residências aumentou 9,4%. O resultado
veio abaixo das expectativas de analistas, que previam que as construções de
imóveis atingissem 1,028 milhão de unidades em maio.
Na Europa, as vendas de veículos na União Europeia (UE) em maio foram um
destaque positivo. De acordo com a Associação de Montadoras Europeias de
Veículos (ACEA, na sigla em francês), as vendas avançaram pelo nono mês
consecutivo em maio, subindo 4,5% na comparação anual. Contudo, o número
total de carros comercializados (1,093 milhão unidades) é o segundo menor
montante para um mês de maio desde que a pesquisa começou, em 2003.
Entre as notícias negativas do dia, ainda repercutem os acontecimentos no
Iraque. Segundo as notícias mais recentes, o governo reforçou a segurança de
Bagdá e conseguiu repelir um ataque promovido pelo grupo extremista Estado
Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS, na sigla em inglês) para capturar a
cidade de Baquba, na província de Diyala, a cerca de 60 quilômetros da capital
do país.
Na China, o fluxo de investimentos estrangeiros diretos (IED) recuou 6,7%
em maio, para US$ 8,6 bilhões.
Olhando especificamente para alguns mercados, o FTSE-100, de Londres,
fechou o dia com alta de 0,18%, a 6.766,77 pontos, influenciado pelos dados da
inflação, que atingiu o menor nível em quatro anos e meio, além dos dados
sobre o mercado imobiliário dos Estados Unidos. De acordo com o escritório
federal de estatísticas do país, o National Statistics, o índice de preços
ao consumidor do subiu 1,5% em maio na comparação com igual período de 2013.
Em termos mensais, o índice recuou 0,1%.
Em Frankfurt, o DAX-30 terminou com crescimento de 0,37%, a 9.920,32
pontos, apesar de o índice calculado pelo instituto de pesquisas Zentrum für
Europaische Wirtschaftsforschung (Zew), que mede a confiança na economia da
Alemanha entre os analistas financeiros e investidores institucionais, ter
caído 3,3 pontos em junho, para 29,8 pontos, ante os 33,1 pontos registrados em
maio.
Entre os outros principais índices europeus, o CAC-40, de Paris, subiu
0,58%, a 4.536,07 pontos; o FTSE MIB, de Milão, cresceu 0,09%, a 21.996,40
pontos; o Ibex-35, da bolsa de Madri, expandiu 0,46%, a 11.058,50 pontos; e o
SMI-20, de Zurique, subiu 0,05%, a 8.667,79 pontos. As informações partem da
Agência CMA.

(CBL)