ECONOMIA: FMI reduz previsão de alta do PIB dos EUA a 3,1% em 2015 e 2016

Porto Alegre, 14 de abril de 2015 – O crescimento econômico dos Estados
Unidos continua sólido, amparado pela melhora do mercado de trabalho e da
confiança das empresas e dos consumidores, o que deve contribuir para que a
economia do país cresça 3,1% em 2015 e em 2016, segundo o Fundo Monetário
Internacional (FMI).

As previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), no
entanto, são menores do que as divulgadas anteriormente pelo órgão, que em
janeiro esperava expansão de 3,6% para a economia dos Estados Unidos neste ano
e de 3,3% em 2016.

Segundo o FMI, o país pode ser prejudicado pela apreciação do dólar,
que pode diminuir as exportações norte-americanas e a receita vinda do
exterior, e pelo declínio nos preços do petróleo, que tende a diminuir os
investimentos na produção da commodity.

Além disso, no longo prazo, o crescimento potencial dos Estados Unidos
pode desacelerar para 2% diante do envelhecimento da população e do baixo
ritmo de inovação e produtividade.

Para assegurar o potencial de expansão, o governo norte-americano
precisará implantar uma agenda ambiciosa em meio a um ambiente político
fragmentado. De acordo com relatório do FMI, para manter o controle sobre o
endividamento, os Estados Unidos precisam reduzir os gastos com saúde, promover
a reforma da seguridade social e aumentar a arrecadação.

O fundo recomenda políticas que aumentem a taxa de participação da
população na força de trabalho, incentivem a inovação e fortaleçam a
produtividade. Além disso, afirma que os investimentos em infraestrutura
poderiam ser feitos nos Estados Unidos com impacto reduzido no curto prazo, mas
com benefícios significativos no fortalecimento econômico.

O fundo vê também uma recuperação sólida do mercado de trabalho,
aumentando a renda das famílias norte-americanas e a confiança. Além disso,
deve haver ainda a retomada do mercado imobiliário como resultado de políticas
bem-sucedidas implantadas para ajudar o setor. As informações são da
Agência CMA.

Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS

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