ECONOMIA: Governo argentino congela preços de 60 produtos por 6 meses

Porto Alegre, 17 de abril de 2019 – O governo da Argentina vai congelar
preços de bens de consumo, vetar novos aumentos de tarifas de serviços
públicos e oferecer linhas de crédito subsidiado para combater a inflação no
país, que em março somou 4,7% em termos mensais e acumulou avanço de 54,7%
em 12 meses.

As medidas, anunciadas a seis meses da eleição presidencial, são fruto
de um acordo entre o governo e 16 empresas que permitirá o congelamento de
preços de 60 produtos essenciais ao longo de pelo menos um semestre. A lista de
produtos inclui azeite, farinha, massas, leite, iogurte, erva mate, açúcar,
conservas, bebidas, entre outros.

O governo também se comprometeu a não adotar em 2019 novos aumentos nos
preços de serviços públicos – como o transporte público e o fornecimento de
gás, eletricidade – e conseguiu que as empresas de telefonia celular mantenham
os preços de linhas pré-pagas durante cinco meses.

A Argentina também abrirá uma nova rodada de créditos imobiliários
subsidiados e linhas de empréstimos da Administração Nacional da Seguridade
Social (Anses) que, segundo o governo, terão “o custo financeiro mais baixo do
mercado, com taxa anual de 40%.” Os créditos da Anses deve gerar uma
injeção de 124 bilhões de pesos (R$ 11,4 bilhões) na economia.

Também serão oferecidos aos 18 milhões de beneficiários da Anses
descontos de 10% a 25% em supermercados, lojas de roupas, em viagens, em
eletrodomésticos e materiais de construção.

O governo da Argentina também aprovará um decreto cujo objetivo será
evitar abuso de posição econômica dominante por parte de grandes empresas e
lançará um programa de renegociação de dívidas tributárias para pequenas e
médias empresas. Com informações da Agência CMA Latam.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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