Porto Alegre, 01 de outubro de 2021 – A quebra da safra de diversos
produtos agrícolas e o aumento das importações fizeram o Ministério da
Economia reduzir a estimativa de superávit da balança comercial (diferença
entre exportações e importações) este ano. Revisada a cada três meses, a
projeção caiu de US$ 105,3 bilhões na estimativa de julho para US$ 70,9
bilhões em outubro.
Mesmo com a diminuição, a nova estimativa garantiria recorde para a
balança comercial, caso se concretize. Até agora, o maior superávit da
balança comercial foi registrado em 2017, quando o país exportou US$ 56,04
bilhões a mais do que importou.
A nova previsão está mais em linha com as estimativas do mercado
financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda
semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 70,7 bilhões neste ano.
Exportações
A previsão para as exportações em 2021 caiu de US$ 307,5 bilhões, nos
números apresentados em julho, para US$ 281 bilhões. Mesmo assim, a estimativa
está 34,3% maior que o total exportado em 2020.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio
Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, a desaceleração nos
preços de commodities (bens primários com cotação internacional) contribuiu
para a revisão nos números. Ele citou o minério de ferro, cujo preço
internacional da tonelada caiu de US$ 160 em agosto para US$ 120 em setembro.
Além da queda no preço das commodities, as exportações estão sendo
prejudicadas pela quebra de safras em alguns produtos da terra, ocasionada pela
seca e por geadas no centro-sul. De janeiro a setembro, o volume dos embarques
de produtos agropecuários caiu 8,7% em relação ao mesmo período de 2020. A
balança comercial só não foi impactada mais severamente porque os preços
médios subiram 23,7% na mesma comparação.
Importações
Em relação à estimativa para as importações neste ano, o Ministério da
Economia aumentou a projeção de US$ 202,2 bilhões, em julho, para US$ 210,1
bilhões, agora. Caso e concretize, a projeção equivale a um crescimento de
32,3% em relação ao total importado em 2020.
“Vivemos uma recuperação da demanda interna por conta do aumento da
atividade econômica. Maior atividade econômica demanda mais bens importados.
Por exemplo, partes e peças, adubos e fertilizantes também, por conta da
produção agrícola”, disse Brandão.
Além do crescimento econômico que estimula a demanda por produtos
importados, o subsecretário citou a elevação de preços internacionais de
diversos itens importados pelo Brasil. Ele citou especialmente os combustíveis
e o gás natural como produtos que ficaram mais caros nos últimos meses,
refletindo-se no aumento das compras do exterior.
As informações partem da Agência Brasil.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40