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ECONOMIA: Greve dos caminhoneiros asfixia setor do grande oeste catarinense

23 de fevereiro de 2015
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Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2015 – A greve dos caminhoneiros que afeta
o grande oeste catarinense desde a última quarta-feira atingiu um estágio
crítico e ameaça inviabilizar o funcionamento das indústrias de processamento
de leite, carnes e grãos gerando milhões de reais em prejuízos para toda a
cadeia produtiva, de acordo com o Diretor Executivo do Sindicato das Indústrias
de Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação
Catarinense de Avicultura (ACAV),Ricardo de Gouvêa.

Os bloqueios nas rodovias federais e estaduais – localizados em São
Miguel do Oeste, Maravilha, Palmitos, Anchieta, Nova Erechim, Campo Erê,
Xaxim, Xanxerê, Guaraciaba, Mafra e Campos Novos – não permitem a passagem
de caminhões vazios nem de mercadorias não perecíveis. Podem passar carga
viva (suínos, aves, bovinos), rações e produtos perecíveis como leite e
outros alimentos in natura.

Na prática, porém, isso está asfixiando a economia regional: os
milhares de caminhões que transportam rações para os estabelecimentos rurais
passam carregados, mas, quando retornam, depois de entregue a carga, são
barrados nos bloqueios. O mesmo ocorre com os caminhões que retiram do campo o
leite e os animais para abate – eles só passam uma vez, quando, carregados,
sendo barrados no retorno.

“Essa conduta dos grevistas está estrangulando a economia
regional”, expõe Gouvêa. Todo o transporte regional de matérias-primas do
campo para a indústria (leite e carga viva) e das indústrias para os
produtores rurais (rações, pintinhos, leitões, remédios, sementes etc) está
paralisado.

Os frigoríficos já estão reduzindo o volume diário da abate, como o
caso da unidade da Aurora em Abelardo Luz que baixou pela metade o processamento
de frangos e pode parar nesta semana, se o fluxo de entrega de aves não for
normalizado.

O segmento do leite é o mais ameaçado: Santa Catarina é o quinto
produtor nacional, o Estado gera 2,8 bilhões de litros/ano e o oeste
catarinense responde por 73,8% da produção. A obstrução da circulação
dessa imensa riqueza econômica de 5,8 milhões de litros/dia causa prejuízos a
cerca de 60 mil famílias rurais oestinas. A coleta do leite nas áreas rurais
foi suspensa na maioria dos laticínios.

Existem mais de 50 agroindústrias de médio e grande porte no oeste e
outras 600 de natureza familiar produzindo alimentos à base de carne, grãos e
leite.

O dirigente do Sindicarne alertou que os produtores rurais, solidários
ao movimento dos transportadores, estão sendo tão ou mais prejudicados que as
agroindústrias. “Isso é uma incoerência”.

O Sindicarne e a ACAV alertaram hoje os governos Federal e Estadual
sobre os graves e nocivos efeitos da greve dos caminhoneiros, advertindo que a
suspensão da nutrição animal poderá gerar mortandade maciça nos planteis e
graves problemas sanitários, com reflexos mercadológicos no Brasil e no mundo.
Um dos efeitos temidos é a ocorrência de canibalismo nos criatórios com
queda de resistência, ficando os animais vulneráveis à doença, o que pode
afetar o status sanitário do Estado.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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