Porto Alegre, 2 de março de 2021 – O ministro da Economia, Paulo Guedes,
disse que só deixará o cargo se perder a confiança do presidente Jair
Bolsonaro ou se for forçado a “empurrar o Brasil para o caminho errado”. Em
entrevista ao Primocast concedida na última sexta-feira, ele disse que até
agora nenhuma destas duas coisas havia acontecido até então. “De vez em
quando tem uma pedra no caminho. Mas o saldo é vastamente positivo até
agora”, acrescentou.
“Eu parti da ideia de que vindo para cá [governo] teria apoio do
presidente para fazer mudanças. Ele também quer mudanças, O que nos aproximou
é que ele quer mudanças. Isso de certa forma me trouxe. Segunda hipótese de
trabalho que eu tinha é eu acho que Congresso vai me ajudar. EU acho que a
mídia vai entender”, afirmou.
“Consigo ter comunicação boa com o presidente de um lado, com a
centro-direita. Eu tenho a noção do compromisso. Enquanto eu puder ser útil,
gozar da confiança do presidente… Eu sou demissível, em 30 segundos. Se ele
confia no meu trabalho e eu consigo executar meu trabalho, tudo bem. Se ele não
confiar, eu sou demissível em 30 segundos. Se eu conseguir ajudar o Brasil
fazendo as coisas que acredito, devo continuar. A ofensa não me tira daqui. O
medo, o combate, o vento, a chuva. Isso não me tira de jeito nenhum”, disse o
ministro.
Durante a entrevista, Guedes comentou que o “caminho errado” e o
“caminho da miséria” consistem em buscar permitir que a dívida e o gasto
público cresçam de forma descontrolada. Segundo ele, esse tipo de
comportamento transformaria o Brasil na Argentina ou na Venezuela num período
de três a cinco anos.
Nesta linha de raciocínio, ele disse que uma eventual decisão do
Congresso de fatiar a chamada PEC Emergencial, primeiro discutindo a
autorização para a retomada do auxílio emergencial para depois avaliar as
propostas que permitem um maior controle sobre as despesas públicas, “seria
caótico para o Brasil. Teria efeito muito ruim para o Brasil”. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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