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ECONOMIA: Haddad diz que queda da inflação e dólar apontam para uma baixa mais consistente da Selic

2 de agosto de 2023
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Porto Alegre, 2 de agosto de 2023 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje de
manhã, em entrevista ao vivo à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), que a equipe econômica
do país se debruçou em um plano de crescimento viabiliza cortes na Selic (taxa básica de juros).
No fim da tarde de hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia qual o corte que foi
adotado – se houver o corte.

Haddad afirmou que há agentes de mercado que apostam em cortes de até 0,75 p.p na Selic, por
conta do ambiente doméstico promissor: inflação controlada e mais certeza fiscal. “A queda da
inflação e a queda do dólar apontam para decisão técnica de corte mais consistente”, afirma.

“Promovemos um conjunto de medidas que trouxe credibilidade para o país. Durante esse ano em
que a Selic esteve a 13,75%, muita coisa mudou no mundo, no Brasil.”

O ministro falou ainda, do juro rotativo do cartão de crédito, segundo ele, um problema
histórico do país. Apesar de não querer prejudicar as vendas, falou que é injusto que alguém
que porventura não possa pagar o cartão em dia tenha que arcar com juros altos. “Muita gente hoje
compra com cartão, não queremos penalizar as vendas”, disse. “Mas ele (consumidor) não pode cair
nessa roda viva e não sair mais.”

“A taxa de juros do rotativo vai cair muito, teremos um freio de arrumação.” Hoje os juros
rotativos do cartão estão em cerca de 430% ao ano.

Segundo ele, a queda será paulatina, de modo que os juros vão “continuar altos até que” o
governo federal chegue a um consenso com os bancos sobre como será a “transição” para taxas ainda
menores.

O ministro disse, ainda que os benefícios promovidos pelo arcabouço fiscal e a reforma
tributária tem a ver com mais investimentos no Brasil e que as vantagens para trabalhador estariam
‘diluída no tempo’, porque uma vez que a economia voltar a crescer, a vida da população também
ia ter um ganho de qualidade. “Vai ter mais investimento, mais renda, mais emprego começa a ter um
ciclo virtuoso.”

Esclareceu também que a reforma tributária não vai impactar no imposto de prestadores de
serviços que estejam enquadrados no Simples Nacional e no Super Simples. “Reforma estava há 30
anos para ser aprovada.”

O chefe da pasta ressaltou que sempre respeitou a autonomia do Banco Central (BC), mas que
acredita que a discussão sobre a maior taxa de juros do mundo é saudável e é técnica. “Há uma
mania de dizer que se alguém diverge de você, tem opinião política e não técnica. Há muitos
técnicos do BC trabalhando na Fazendo e no Planejamento.”

Sobre o Desenrola, programa do governo federal para regularização de dívidas bancárias de
até R$100, Haddad disse que já foram mais de 3,5 bilhões de CPFs brasileiros que foram
regularizados. “O brasileiro tem essa vontade de pagar e regularizar o seu nome, mas com essas taxas
de juros altas, fica difícil.

A partir de setembro, diz o ministro, haverá uma nova etapa do Desenrola com credores
não-bancários. O credor que der mais desconto à dívida poderá contar com garantia do Tesouro
Nacional, segundo afirmou Haddad.

POTENCIA ENERGÉTICA LIMPA

“O Brasil está em ponto de destaque do ponto de vista geopolítico, por conta de tensões na
Ásia com a China, da guerra na Ucrânia criando problemas sociais e humanitários na Europa… E
destaque no ponto de vista ambiental.”

Haddad disse que o Brasil tem tudo para virar uma potência de energia limpa, uma vez que o
avanço das energias eólica, solar e dos biocombustíveis está atraindo olhares de investidores
que queiram fazer produtos verdes que tenham baixa emissão de carbono aqui.

“Brasil é um dos únicos países que pode certificar um produto verde. Isso no mundo de hoje
não é pouca coisa. Temos matriz energética 3X mais limpa que o resto do mundo.”

Por fim, Haddad disse, ainda que o plano de transição ecológica apresentada ao governo
apresenta vários mecanismos de atração de investimentos, mas não detalhou por conta do tempo já
avançado da entrevista. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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