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ECONOMIA: Houve erro de diagnóstico na pandemia, diz Campos Neto

16 de agosto de 2023
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Porto Alegre, 16 de agosto de 2023 – O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em
uma apresentação no 35o Congresso da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes),
disse que a recuperação econômica pós-pandemia se mostrou diferente do esperado pelos analistas
e governos.

“Houve um erro de diagnóstico econômico. No começo, com as pessoas em casa e os governos com
programas sociais de enfrentamento à pandemia, o consumo de bens aumentou, e a inflação de bens
também cresceu. No pós-pandemia, a demanda por serviços aumentou muito, e o equilíbrio entre a
inflação de bens e serviços está mais difícil do que se esperava”, afirmou.

Ele também falou da mudança da meta de inflação no Brasil, “havia muito ruído em torno da
mudança da meta de inflação no começo do ano, mas em muitos países ela fica em torno de 2% a
3%”.

Sobre o núcleo da inflação, Campos Neto afirmou que ele é mais resistente à queda, “e está
caindo menos do que gostaríamos”.

A respeito da concessão de crédito no Brasil, houve uma desaceleração nos últimos anos no
Brasil, mas em menor amplitude do que em outros países, e que aqui é mais difícil para os bancos
recuperarem o que foi concedido.

“O Brasil tem uma enorme dificuldade de recuperação de crédito, por isso os juros são muito
altos. Isso é devido, em parte, à recuperação ser judicial, o que torna o processo mais longo e
caro”.

Do lado da confiança do consumidor, Campos Neto disse que ela vem aumentando nos últimos
meses. “Há melhoras nos indicadores de confiança. A do consumidor é altamente ligada aos índices
de inflação. A revisão de crescimento do PIB do Brasil feita pelo FMI foi a maior do mundo”.

Falando do governo, ele disse que o mercado não acredita que o compromisso de redução dos
gastos públicos será cumprido, mas destacou que o Congresso e o poder Executivo tiveram êxito na
aprovação do arcabouço fiscal e da Reforma Tributária.

“O importante é a economia crescer com credibilidade. A forma de crescer mais sustentável é
entender que o governo tem seu papel e ter respeito pelos processos de preços e mercados”.

Por fim, Campos Neto disse que o desafio de qualquer governo no pós-pandemia é equilibrar o
lado fiscal com o social. “Programas sociais não devem ser somente assistencialistas, mas devem
estimular o crescimento. Não se cresce somente com ajuda do governo, mas também com a ajuda da
iniciativa privada. Governo tem que transmitir credibilidade no cuidado com as contas públicas”. As
informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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