ECONOMIA: Ibovespa amplia perdas diante de temores com quarto trimestre

Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2016 – O Ibovespa ampliou as perdas
diante da expectativa dos investidores com a revisão das notas de crédito das
empresas pela agência de classificação de riscos Moody’s, em consequência
do corte da nota de crédito do Brasil em dois degraus de ‘Baa3’ para ‘Ba2’,

retirando o grau de investimento. Também existe o temor com os resultados
financeiros do quarto trimestre do ano passado, principalmente da Petrobras e da
Vale.

Segundo o gerente da mesa de operações da H.Commcor, Ari Santos,
apesar de o rebaixamento da nota pela Moody’s ser aguardado pelo mercado, é
importante destacar que muitos fundos de investimento deverão zerar as
posições compradas em empresas brasileiras porque o estatuto os impedem de
atuar em país com nota de crédito com nível “junk”. Às 14h07, o Ibovespa
caía 2,07%, a 41.640 pontos.

No exterior, a desvalorização do preço do barril do petróleo
continua
impactando os índices das bolsas e reflete também na queda dos ativos da
Petrobras (PETR4; -2,03%, a R$ 4,83 e PETR3; -1,27%, a R$ 6,99). A cotação da
tonelada do minério de ferro na China encerrou as negociações com alta de
0,60%, a US$ 50,20, no entanto, os papéis da Vale (VALE5; -5,11%, a R$ 8,55 e
VALE3; -5,08%, a R$ 11,75) caem com a expectativa ruim para resultados.

A equipe de análise gráfica do Itaú Corretora considera que o viés
para o principal índice da Bolsa ainda é de recuperação no curto prazo,
apesar das quedas verificadas ontem e hoje. O potencial é para buscar os 44 mil
e 46,2 mil pontos. No lado da baixa, realizações de lucro mais fortes podem
fazer o Ibovespa recuar para os níveis de 40,9 mil e 40 mil pontos também no
curto prazo. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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