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ECONOMIA: Incerteza fiscal é motivo de baixo investimento no Brasil, diz Campos Neto

19 de outubro de 2023
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Porto Alegre, 19 de outubro de 2023 – O presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto,
disse hoje que o nível baixo de investimento no Brasil deve-se ao fato que “o governo deve tanto,
que o dinheiro acaba sendo para financiar a dívida. Disse, ainda, que o problema fiscal não é
deste ou de outro governo, e que é estrutural do Brasil. “Quanto mais deteriora o crédito do
pagador, mais aumenta os juros.”

Uma das soluções, para ele, seria focar na capacidade de produção de produtos verdes, com
energia limpa. “O mundo quer comprar produtos verdes e, para isso, esse produto tem de ter sido
produzido de forma verde. Um produto feito aqui, teoricamente tem mais valor porque foi produzido de
maneira sustentável”, sugeriu em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos
Automotores (Fenabrave) de hoje de manhã.

Para os jovens investidores, o economista disse que há no Brasil um campo promissor e que pode
gerar satisfação. “O Brasil tem grandes oportunidades. Um campo que eu acho que é muito promissor
e que eu acho que gera muita satisfação para a pessoa é a ideia de resolver grande problema da
sociedade com tecnologia e sustentabilidade. Se eu fosse jovem, eu estaria pensando nisso”,
levantou, convidando investidores.

Disse, ainda, que acredita que um dos principais motivos para a magnitude da taxa de inflação
brasileira tem a ver com a baixa recuperação de crédito e disse que poucos países têm
resultados piores que o nosso. E que Brasil ainda tem gasto primário acima da maioria dos países
do mundo emergente. “Aliás, acima de toda a América Latina.”

Ele frisou que a manutenção da meta foi importante para a redução das expectativas futuras
de inflação, e brincou: “Muita gente veio falar comigo de meta de inflação. “Vivemos um ambiente
em que todo mundo era analista econômico, como acontece durante a Copa do Mundo.”

Durante o evento, ele voltou a falar dos juros norte-americanos que, há semanas, não param de
subir. Muitas são as teorias que os economistas aventam para esse comportamento. Ele falou do
fiscal. “Desde 2010 a dívida dos Estados Unidos vem subindo e a estimativa é que chegue a quase
120% do PIB em 2025”, analisando que o fiscal nos Estados Unidos tem sido pior e que já há
dificuldade de estimar o déficit no fim do ano e disse que a resistência na queda da inflação
preocupa.

RITMO DE CORTE

Ontem, em evento semelhante, Campos Neto desmentiu os boatos com os quais o mercado chegou a
estressar dias anteriores. A informação seria de que na última reunião fechada do Fundo
Monetário Internacional (FMI), o banqueiro brasileiro teria dito que a era maior a probabilidade de
corte de 25bps do que de 75bps na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)

“Se fosse para dar uma informação dessa, jamais seria em uma reunião fechada” rebate. “Só
quis esclarecer porque sei que gerou ruído e eu não disse isso em momento algum”, explicou, em
evento promovido pelo Credit Suisse, em São Paulo.

Na sexta-feira passada, ponte do feriado de Nossa Sra. Aparecida (12) já era dia de liquidez
reduzida, portanto, e os investidores ainda absorviam o recente ruído de comunicação sobre falas
de Campos Neto, que teria ressaltado que caso haja a alteração do ritmo de corte do BC é mais
provável que seja para amenizar o pace de cortes do que intensificar.

“A gente entende, ainda, que 50bps é um ritmo adequado, mas na próxima reunião vamos comparar
os indicadores para ver se algo precisa mudar”, conclui.

Depois da declaração de Campos Neto, o mercado voltou a acalmar, ao fim do pregão.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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