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ECONOMIA: Indice de Preços ao Produtor do Brasil cai 0,35% em abril – IBGE

31 de maio de 2016
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Porto Alegre, 31 de maio de 2016 – Em abril de 2016, segundo informações
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços da
indústria geral variaram, em média, -0,35% quando comparados ao mês anterior,
resultado superior ao de março (-1,20%). O acumulado no ano foi de -1,50% em
abril, contra -1,15% em março. O acumulado em 12 meses foi de 4,66%, contra
5,26% em março. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de
transformação, 11 apresentaram variações positivas de preços, contra oito
do mês anterior.

O Indice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de
Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de
fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes
categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de
consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

Em abril de 2016, a variação de preços de -0,35% frente a março
repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -1,29%
em bens de capital; -0,11% em bens intermediários; e -0,49% em bens de consumo,
sendo que -0,62% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e
-0,45% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das grandes categorias econômicas foi de -0,11 p.p. para
bens de capital, -0,06 p.p. para bens intermediários e -0,17 p.p. para bens de
consumo. No caso de bens de consumo, -0,12 p.p. se deveu às variações de
preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,05
p.p. nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano, as variações de preços da indústria
acumularam, até abril, variação de -1,50%, sendo -0,32% a variação de bens
de capital (com influência de -0,03 p.p.), -3,11% de bens intermediários
(-1,76 p.p.) e 0,84% de bens de consumo (0,29 p.p.). No último caso, este
aumento foi influenciado em 0,10 p.p. pelos produtos de bens de consumo
duráveis e 0,19 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado em 12 meses, a variação de preços da indústria alcançou,
em abril, 4,66%, com as seguintes variações: bens de capital, 7,75% (0,66
p.p.); bens intermediários, 2,33% (1,33 p.p.); e bens de consumo, 7,74% (2,66
p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,30 p.p. e a
de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 2,36 p.p.

Onze das 24 atividades industriais tiveram alta

Em abril/2016, 11 das 24 atividades apresentaram variações positivas de
preços em relação ao mês imediatamente anterior, contra oito do mês
anterior. As quatro maiores variações se deram entre indústrias extrativas
(13,35%), farmacêutica (3,76%), fumo (-3,08%) e impressão (2,96%). As maiores
influências vieram de indústrias extrativas (0,34 p.p.), outros produtos
químicos (- 0,28 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (- 0,12 p.p.)
e veículos automotores (- 0,09 p.p.).

O indicador acumulado no ano atingiu -1,50% em abril/2016, contra -1,15% em
março/2016. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais
na perspectiva deste indicador sobressaíram: outros produtos químicos
(-8,94%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,52%), refino de
petróleo e produtos de álcool (-5,33%) e fumo (-4,99%). Os setores de maior
influência foram: outros produtos químicos (- 0,96 p.p.), refino de petróleo
e produtos de álcool (- 0,56 p.p.), papel e celulose (- 0,13 p.p.) e produtos
de metal (0,12 p.p.).

No acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida em abril de 2016
foi de 4,66%, contra 5,26% em março/2016. As quatro maiores variações
ocorreram em perfumaria, sabões e produtos de limpeza (15,18%), outros
equipamentos de transporte (14,02%), fumo (13,13%) e alimentos (12,66%). Neste
indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (2,40 p.p.),
veículos automotores (0,48 p.p.), metalurgia (- 0,40 p.p.) e outros
equipamentos de transporte (0,32 p.p.).

Indústrias extrativas: no mês de abril, os preços das indústrias
extrativas apresentaram uma variação de 13,35% em relação a março. No
acumulado do ano, o setor apresentou variação positiva de 2,88% e, em 12
meses, observou-se queda de 6,57%.

A variação mensal positiva dos preços do setor teve a maior influência
(0,34 p.p.) sobre a indústria geral. A alta observada nos preços da atividade
deveu-se principalmente à recuperação dos preços do minério de ferro no
mercado internacional. Os “óleos brutos de petróleo” também influenciaram
positivamente a alta de preços mensal da atividade.

Alimentos: em abril, contra março, houve o segundo resultado negativo da
série em 2016: -0,10%. Com isso, o acumulado, que havia chegado a 1,95% em
fevereiro, regride para 0,22%. No acumulado em 12 meses, o resultado de 12,66%
foi maior do que o de março (11,92%).

Entre os produtos que mais se destacaram em termos de variação, apenas
um, “carnes de bovinos congeladas”, teve variação negativa. Em
contrapartida, entre os destacados em termos de influência, apenas um teve
variação positiva, “resíduos da extração de soja”.

Os quatro produtos mais influentes (“resíduos da extração de soja”,
“açúcar cristal”, “sucos concentrados de laranja” e “carnes de bovinos
frescas ou refrigeradas”) responderam por -0,31 p.p. da variação de – 0,10%,
o que significa que a influência dos demais 39 produtos foi positiva, fator que
evitou uma queda de preços maior da atividade.

Papel e celulose: o setor apresentou, em abril, queda de 0,86% em relação
à março, terceira queda seguida do ano e a sexta queda do setor desde abril
de 2015. Com isso, o setor acumula queda de 3,41% em 2016, mas uma variação
positiva de 8,56% nos últimos 12 meses.

Os quatro produtos que mais influenciaram o setor em abril foram:
“celulose”, “papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não
revestidos de matéria inorgânica”, “cadernos”, e “papel kraft para
embalagem não revestido”. Esses quatro produtos foram responsáveis por -0,98
p.p. da variação de -0,86% do setor.

Refino de petróleo e produtos de álcool: como tem acontecido desde
dezembro de 2015 (-0,17%), a variação mensal foi negativa em abril (-1,53%),
segundo maior ponto negativo nesse intervalo de tempo, que tem como destaque o
resultado de fevereiro (-3,10%). O acumulado no ano alcançou assim a variação
de -5,33%, resultado que coloca a atividade em destaque tanto em variação
quanto em influência entre todas as atividades da pesquisa. Por sua vez, no
acumulado em 12 meses, os preços de abril de 2016 estavam 1,70% maiores do que
os de abril de 2015.

O grande destaque, tanto em variação quanto em influência, se dá com a
queda de preços do produto “álcool etílico (anidro ou hidratado)”, em linha
com o período de safra da cana-de-açúcar. Em termos de influência no mês,
este foi o único resultado negativo, mas, mesmo assim, os quatro produtos mais
influentes (“óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “gasolina
automotiva”, “álcool etílico” e “naftas”) responderam por -1,07 p.p. da
variação de -1,53%.

Outros produtos químicos: a indústria química registrou no mês de abril
uma variação negativa de 2,78% (segunda maior queda no setor desde fevereiro
de 2015, neste tipo de comparação), o que gerou uma variação acumulada de
preços no ano de -8,94% e de -1,16% em 12 meses.

Os quatro produtos de maior influência no mês (“superfosfatos”,
“adubos e fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado” e
“herbicidas para uso na agricultura”) representaram -2,39 p.p. no resultado de
-2,78%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com – 0,39 p.p.

Metalurgia: ao comparar os preços do setor em abril de 2016 contra março
de 2016 houve uma variação negativa de preços de 1,18%, terceira queda
consecutiva. Desta forma, o setor acumulou no ano uma queda de 0,91% e nos
últimos 12 meses uma variação negativa de preços de 5,11% (maior queda neste
tipo de comparação desde agosto de 2011).

Os quatro produtos de maior peso na atividade apresentaram as maiores
influências no mês: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono”
e “alumínio não ligado em formas brutas” com variações/influências no
mês negativas e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidas” e
“bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos” com
variações/influências positivas.

Esses produtos representaram -0,80 p.p. da variação no mês, ou seja, os
demais 18 produtos do setor influenciaram em -0,38 p.p.

Produtos de metal: o setor apresentou variação de -0,80% em relação a
março de 2016. No acumulado em 12 meses, houve variação positiva de 9,23%,
acima da média observada na indústria em geral, 4,66%.

Nos quatro primeiros meses de 2016, os preços do setor acumularam
variação de 4,02%. Esta variação acumulada nos preços da atividade de
janeiro a abril de 2016 representou a principal influência positiva (0,12 p.p.)
sobre o acumulado no ano da indústria em geral.

Os produtos com maior influência sobre a variação positiva acumulada no
ano pela atividade foram: “ferramentas intercambiáveis para máquinas manuais
ou máquinas-ferramenta”, “latas de alumínio para embalagem”, e “aparelhos
de barbear de lâminas não-substituíveis”.

Veículos automotores: o resultado observado nos preços dos produtos que
compõem esta atividade coloca-a em destaque, em termos de influência, tanto no
indicador que compara abril contra março quanto no acumulado em 12 meses.

A variação observada em abril contra março foi de -0,83%, mais uma
variação negativa em um ano que só teve uma positiva (janeiro: 2,13%). Com
isso, o acumulado no ano ficou em 0,91%. No acumulado em 12 meses, a variação
foi de 4,45%, destacando-se entre as atividades com segunda maior influência
positiva, de 0,48 p.p. em 4,66%.

Os quatro produtos destacados em termos de influência em relação ao mês
anterior tiveram variação negativa de preços, entre eles o de maior peso no
cálculo do setor, “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou
bicombustível, de qualquer potência”. O mesmo produto se destaca no acumulado
em 12 meses, dessa vez com variação positiva. Em janeiro, houve um aumento
mais forte do produto e, em abril, as empresas deram descontos nos produtos com
modelos que estavam sendo substituídos por novos.

Outros equipamentos de transporte: em abril de 2016, observou-se variação
de -2,76% nos preços do setor em relação ao mês anterior. Nos quatro
primeiros meses de 2016, a atividade acumulou variação negativa de -4,30%.

No acumulado em 12 meses, houve variação positiva de 14,02% nos preços
do setor, sendo a segunda maior variação neste indicador verificada entre
todas as atividades investigadas na pesquisa. A variação de preços observada
para a atividade em relação ao mesmo mês do ano anterior teve, em termos
absolutos, a quarta maior influência observada (0,32 p.p.) sobre o acumulado em
12 meses da indústria geral. As informações partem da assessoria de
comunicação do IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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