Porto Alegre, 27 de novembro de 2014 – Em outubro, o Indice de Preços ao
Produtor (IPP) variou 0,67% na comparação com o mês anterior, número
inferior ao observado na comparação entre agosto e setembro (0,95%). O
acumulado em 2014 ficou em 2,76%, contra 2,07% do mês anterior. Na comparação
com o mesmo mês de 2013 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 4,04%,
contra 2,89% em setembro.
Alimentos
O resultado de 0,99% é o terceiro positivo consecutivo, além de ser a
maior taxa positiva do ano. Com ele, o acumulado de 2014 passou para – 0,74%,
taxa superior a – 1,0%, o que não se via desde fevereiro de 2014 (- 0,97%). Na
comparação com o mesmo mês de 2013, a taxa voltou a ser positiva (0,87%),
depois da negativa de setembro (- 0,90%), mas em níveis bem menores do que
aqueles observados entre janeiro (6,80%) e julho (2,59%), período em que foi
observada a taxa de 11,55% em março a maior desde fevereiro de 2013, 11,88%).
Os quatro principais produtos em destaque, em termos de influência,
somaram 0,65 p.p. da variação de 0,99%. Desses, apenas leite
esterilizado/UHT/Longa Vida contribuiu com variação negativa. Os demais,
resíduos da extração de soja, óleo de soja em bruto, mesmo degomado e sucos
concentrados de laranja, contribuíram positivamente. Leite
esterilizado/UHT/Longa Vida e óleo de soja em bruto, mesmo degomado também
foram destacados em termos de variação.
As variações destes produtos ocorreram, no caso do leite, por causa do
nível de captação maior nas bacias leiteiras e estoques elevados na
indústria; no caso da soja, demanda aquecida em ambiente de oferta restrita
(início do plantio); e, no caso do suco de laranja, por conta da
desvalorização do real (em torno de 5% em outubro), que também repercute nos
derivados de soja.
No quadro dos impactos do indicador acumulado, apenas resíduos da
extração de soja, entre os listados anteriormente, também aparece como
destaque em termos de influência, embora negativa. Açúcar cristal também
apareceu com impacto negativo. Esses produtos foram contrabalanceados por carnes
e miudezas de aves congeladas e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas.
No acumulado em 12 meses, as carnes e resíduos da extração de soja
impactam negativamente o indicador, o que os coloca entre os destaques em termos
de influência. O quarto produto passa a ser suco concentrado de laranja.
Refino de petróleo e produtos de álcool
A atividade de refino de petróleo e produtos do álcool variou -0,32%. O
indicador mês/mês anterior vem registrando, nos últimos três meses,
inversões de trajetória, com -0,45% em agosto, 0,04% em setembro e -0,32% em
outubro. No ano, o setor acumula 3,25% de variação, enquanto nos últimos 12
meses a variação chega a 6,15%.
Em termos de influência, dos quatro produtos em destaque do indicador
mensal, dois apresentaram viés positivo (naftas e óleo diesel e outros óleos
combustíveis) e dois, negativo (álcool etílico – anidro ou hidratado – e
querosenes para aviação). Os quatro produtos em destaque explicam -0,31 p.p.
do total de – 0,32% do indicador de outubro frente a setembro. O cenário de
dispersão dos indicadores de produtos também se apresenta no acumulado do ano:
dois com viés negativo (álcool etílico – anidro ou hidratado – e óleos
lubrificantes básicos) e dois com viés positivo (óleo diesel e outros óleos
combustíveis e naftas).
Nos últimos 12 meses, apenas um dos produtos registrou sinal negativo
(querosenes para aviação), enquanto três apresentaram viés positivo (óleo
diesel e outros óleos combustíveis, gasolina e naftas). As informações são
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 28/11/2024 10:30