Porto Alegre, 20 de maio de 2016 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,86% em maio e ficou 0,35 ponto percentual
(p.p.) acima da taxa de 0,51% de abril, segundo informações do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde 1996, quando o IPCA-15 apresentou alta de 1,32% em maio, não havia
registro de taxa mais elevada para os meses de maio. Mesmo com a aceleração do
índice de um mês para o outro, o acumulado no ano está em 4,21%, abaixo dos
5,23% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12
meses, o índice foi para 9,62%, mais do que os 9,34% a que havia atingido nos
12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015 a taxa havia sido 0,60%. Os
dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Os alimentos, cujos preços aumentaram 1,03%, e os remédios, que subiram
6,50%, exerceram forte pressão sobre o IPCA-15. Juntos, contribuíram com 0,48
p.p. e foram responsáveis por mais da metade da taxa do mês, 56%.
No grupo alimentação e bebidas (1,03%), que deteve 0,27 p.p. do índice,
produtos básicos na mesa das famílias continuaram em alta, com destaque para a
batata-inglesa (29,65%), o feijão-carioca (5,04%), a farinha de mandioca
(4,45%) e o leite (2,82%).
Nos remédios, os 6,50% em maio após os 2,64% de abril resultam em um
aumento de preços de 9,31% nestes dois meses, reflexo do reajuste de 12,50% em
vigor a partir do dia 1 de abril. No mês, o item remédios, com 0,21 p.p.,
deteve a maior contribuição individual. Com isto, saúde e cuidados pessoais
foi para 2,54%, a mais elevada variação de grupo.
A taxa de água e esgoto, item do grupo habitação (0,99%), também se
destaca entre as principais contribuições, com 0,13 p.p., vindo logo após os
remédios. A alta atingiu 9,03% no mês, sob pressão da variação de 35,93% na
região metropolitana de São Paulo, expressando os efeitos do fim do Programa
de Incentivo à Redução do Consumo de Água, cancelado pela Deliberação n
641 da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo
(ARSESP), de 30 de março de 2016. Isso, aliado ao fim da concessão de bônus
por redução e de ônus por aumento de consumo de água, que vinha sendo
praticada pelo Programa, passou a vigorar, em 12 de maio, reajuste de 8,40%
sobre o valor das tarifas.
Ainda na taxa de água e esgoto, foram incorporados aumentos nas regiões
metropolitanas de Fortaleza (8,42%), reflexo de parte do reajuste de 11,96% em
vigor desde 23 de abril; de Curitiba (5,53%), onde, em 1 de abril, ocorreu
reajuste de 10,48%; de Recife (1,35%), refletindo um resíduo do reajuste de
10,69% que vigora desde 20 de março; e de Belo Horizonte (0,46%), mostrando uma
pequena parte do reajuste de 13,90% em 13 de maio, que inclui, também,
revisão na estrutura tarifária praticada pela empresa de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário da região.
Entre os demais itens que pressionaram o índice do mês, os principais
foram: cigarro (3,70%), telefonia celular (3,40%), automóvel usado (2,38%), TV,
som e informática (2,38%), roupas de cama, mesa e banho (2,08%), leitura
(1,85%), automóvel novo (1,11%), artigos de limpeza (1,10%), plano de saúde
(1,06%), roupa feminina (1,05%), artigos de higiene pessoal (0,92%), mão de
obra pequenos reparos (0,87%), empregado doméstico (0,87%), condomínio
(0,81%), serviços médicos e dentários (0,79%) e roupa masculina (0,71%).
A respeito do cigarro, a alta de 3,70% refletiu reajustes entre 3% e 14%,
conforme a marca, em todas as regiões pesquisadas a partir do dia 1 de maio,
além de reduções em marcas comercializadas em Belo Horizonte, Curitiba e
Goiânia. No caso da telefonia celular, a alta de 3,40% se deve a aumentos nas
tarifas de determinada operadora no mês de abril.
Quanto aos itens que se apresentaram em queda no mês, os destaques foram as
passagens aéreas, com -8,59%, e etanol, cujo preço do litro ficou 8,54% mais
barato.
Sobre os índices regionais, o maior foi registrado na região
metropolitana de Fortaleza, com 1,19 %, pressionado pela taxa de água e esgoto
(8,42%), com reajuste de 11,96% em 23 de abril, e pela energia elétrica, com
6,86%, tendo em vista o reajuste de 12,97% no valor da tarifa em vigor desde 22
de abril, combinado com queda de 8,40% da parcela referente à taxa de
Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Os menores índices foram os de
Brasília (0,55%) e de Goiânia (0,58%).
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de
abril a 13 de maio (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de
março 13 de abril (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de
1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de
Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza,
Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a
mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na
abrangência geográfica. Com informações da assessoria de comunicação
social do IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50