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ECONOMIA: IPCA-15 sobe 0,31% em janeiro; mercado previa 0,44% – IBGE

19 de janeiro de 2017
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Porto Alegre, 19 de janeiro de 2017 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,31% em janeiro e ficou 0,12
ponto percentual (p.p) acima da taxa de dezembro (0,19%), de acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou
abaixo da mediana das expectativas, de 0,44%, conforme o Termômetro CMA. Este
foi o IPCA-15 mais baixo para os meses de janeiro desde 1994, quando foi criado
o Plano Real.

No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 5,94%, ficando
abaixo dos 6,58% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro
de 2016 a taxa foi 0,92%.

Em janeiro, embora o grupo das Despesas Pessoais tenha mostrado o resultado
mais elevado (0,76%), o grupo Alimentação e Bebidas foi o principal
responsável pelo crescimento do IPCA-15, ao passar de -0,18% em dezembro para
0,28% em janeiro. Na região metropolitana de Salvador, a alta dos alimentos
chegou a 1,05%, enquanto em Goiânia houve queda (-0,60%).

Após recuar em setembro (-0,01%), outubro (-0,25%), novembro (-0,06%) e
dezembro (-0,18%), o grupo Alimentação e Bebidas (0,28%) voltou a subir. A
pressão veio dos alimentos consumidos em casa, que subiram para 0,21%, após a
significativa queda de 0,45% em dezembro. Ainda que os aumentos não tenham se
mostrado generalizados, os preços de alguns produtos subiram bastante, como
óleo de soja (8,04%), farinha de mandioca (4,53%), ovos (3,10%) e frutas
(2,38%). Outros produtos, cujos preços vinham caindo, desaceleram, como
batata-inglesa (de -15,78% para -10,85%), feijão carioca (de -17,24% para
-13,74%) e leite longa vida (de -5,40% para -1,96%).

Despesas Pessoais (0,76%) foi o grupo com a maior alta, devido ao item
cigarro (2,61%), cujos preços foram reajustados em 1 de dezembro. Outras
influências vieram dos itens excursão (2,51%) e empregado doméstico (0,52%),
que apropriou 1/12 do reajuste do novo salário mínimo nacional em todas as
regiões pesquisadas, já que os salários regionais ainda não foram definidos.

Isoladamente, a gasolina foi o item com o maior impacto (0,10 pp) sobre o
IPCA-15. O preço do litro subiu, em média, 2,43%, refletindo, nas bombas, o
reajuste de 8,1% autorizado pela Petrobrás nas refinarias, desde 06 de
dezembro. Regionalmente, os maiores aumentos foram em Goiânia (4,60%),
Brasília (4,32%) e Fortaleza (4,22%). Além da gasolina (2,43%), as despesas
com Transportes foram pressionadas pelas tarifas dos ônibus urbanos (0,83%) e
intermunicipais (1,87%), além do etanol (2,28%) e do seguro voluntário
(1,70%).

A alta de 0,83% nos ônibus urbanos é consequência das variações apropriadas
por três regiões metropolitanas. Em Brasília (9,25%), houve reajuste de 25%
nas tarifas, em vigor desde 2 de janeiro. Embora a Câmara Legislativa do
Distrito Federal tenha decidido anular esse reajuste em 12 de janeiro, ele
continua vigente até que a decisão seja publicada. Em Salvador (3,60%), o
reajuste foi de 9,09%, desde 2 de janeiro. Em Belo Horizonte (3,24%), houve
reajuste de 9,40%, em vigor desde 3 de janeiro.
Os demais grupos variaram entre -0,23% (Artigos de Residência) e 0,48% (Saúde
e Cuidados Pessoais).
Três grupos tiveram quedas: Artigos de Residência (-0,23%) Vestuário
(-0,18%) e Habitação (-0,22%). Neste último, as contas de energia elétrica
(-2,25%) geraram o impacto negativo mais intenso (-0,08 p.p.) sobre o IPCA-15,
com a volta, a partir de 1 de dezembro, da bandeira tarifária verde. Ocorreu,
ainda, queda de 5,30% nas contas de energia de Porto Alegre, devido à
redução de 16,28% nas tarifas de uma das concessionárias, desde 22 de
novembro. Em contraposição, ainda no grupo Habitação, os preços subiram em
artigos de limpeza (1,23%), gás de botijão (0,64%) e mão de obra para
pequenos reparos (0,52%), cujo aumento foi apropriado da mesma maneira que o
item empregados domésticos.

Regionalmente, o índice mais elevado foi o da região metropolitana de
Salvador (0,63%) onde os preços dos alimentos subiram 1,05%. Os itens ônibus
urbano (3,60%) e intermunicipal (7,77%) também pressionaram o resultado e
refletiram, respectivamente, reajustes de 9,09% e 8,42%, ambos em vigor desde 2
de janeiro. O menor índice foi o de Porto Alegre (0,03%), influenciado por dois
itens: energia elétrica (-5,30%), devido à redução de 16,28% nas tarifas
locais, desde 22 de novembro, e alimentação fora de casa (-1,08%).

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados entre 14 de dezembro
de 2016 e 12 de janeiro de 2017 (referência) e comparados aos vigentes de 15
de novembro a 13 de dezembro de 2016 (base). Esse indicador refere-se às
famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São
Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A
metodologia utilizada é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta
dos preços e na abrangência geográfica. As informações partem da
assessoria de comunicação do IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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AURORA* - base suíno gordo

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Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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