Porto Alegre, 25 de agosto de 2023 O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15) foi de 0,28% em agosto, 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de julho (-0,07%). O
Termômetro CMA esperava alta de 0,17%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, de
4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa
foi de -0,73%.
Sete grupos, dos nove pesquisados, registraram alta em agosto. A maior variação (1,08%) e o
maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Habitação. Também apresentaram alta os grupos Saúde e
cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%), que contribuíram com impactos de 0,11 p.p. e 0,04
p.p., respectivamente. No lado das quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,65%),
que contribuiu com -0,14 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de Vestuário (-0,03%) e a alta
de Despesas pessoais (0,60%).
No grupo Habitação (1,08%), destaca-se a alta da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18
p.p.), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas
no mês anterior. Além disso, reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice:
em Curitiba (9,68%), onde o reajuste de 10,66% teve vigência a partir de 24 de junho; em Porto
Alegre (5,44%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias
pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho,
em uma das concessionárias pesquisadas.
Ainda no grupo Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,20%) decorre dos reajustes de
3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,93%), a partir de 1º de julho, e de 5,02% em
Brasília (2,20%), a partir de 1º de agosto. Por sua vez, a queda em gás encanado (-0,31%) decorre
de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: no Rio de Janeiro (-0,65%), redução
média de 1,70%, a partir de 1º de agosto; e em Curitiba (-0,77%), redução de 2,23%, a partir de 4
de agosto.
A aceleração de Saúde e cuidados pessoais (0,81%) deve-se aos itens de higiene pessoal, que
passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos
perfumes (2,94%) subiram, após as quedas de 4,32% e de 1,90% em julho, respectivamente. Em
Educação (0,71%), os cursos regulares subiram 0,74% principalmente por conta dos subitens creche
(1,91%) e ensino superior (1,12%). A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos
preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).
Nos Transportes (0,23%), o resultado foi puxado pela alta nos preços do automóvel novo
(2,94%). Nos combustíveis (0,46%), houve alta nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular
(1,88%) e quedas no óleo diesel (-0,81%) e etanol (-2,55%). Destaca-se, ainda, a queda de 11,36%
nos preços das passagens aéreas, que haviam subido 4,70% em julho.
Ainda em Transportes, a alta do táxi (0,43%) é decorrente do reajuste de 20,19% nas tarifas a
partir do dia 24 de julho em Fortaleza (13,89%). Cabe destacar também a queda em ônibus urbano
(-2,80%), decorrente da redução de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte (-20,91%), a partir de 8
de julho. Em ônibus intermunicipal (0,49%), houve reajustes de 7,24% em Recife (2,63%), a partir de
10 de julho, e de 6,00% em Porto Alegre (0,08%), a partir de 1º de agosto.
A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,65%) deve-se, principalmente, à deflação da
alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia recuado nos dois últimos meses. Destacam-se as
quedas da batata-inglesa (-12,68%), do tomate (-5,60%), do frango em pedaços (-3,66%), do leite
longa vida (-2,40%) e das carnes (-1,44%). No lado das altas, as frutas (1,42%) subiram de preço.
A alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), em
virtude da desaceleração do lanche (1,02% em julho para 0,14% em agosto). Já a refeição (0,35%)
acelerou frente ao resultado de julho (0,17%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de julho a 14 de agosto
(referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho (base). O indicador
refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém,
Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia
utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência
geográfica.
As informações são do IBGE.
Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS
Copyright 2023 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50