Porto Alegre, 11 de janeiro de 2016 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 0,30% e superou os 0,18% de novembro
em 0,12 ponto percentual (p.p.), segundo informações do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo assim, esse foi o IPCA mais baixo para
um mês de dezembro desde 2008 (0,28%). Já em dezembro de 2015, o IPCA atingiu
0,96%, maior taxa para um mês de dezembro, desde 2002 (2,10%).
Após recuar de 0,26% para 0,18% de outubro para novembro, o IPCA voltou a
subir (0,30%) sob influência da aceleração dos grupos Alimentação e Bebidas
(de -0,20% em novembro para 0,08% em dezembro), Despesas Pessoais (de 0,47%
para 1,01%) e Transportes (de 0,28% para 1,11%).
Os alimentos subiram de -0,20% para 0,08% devido à alimentação consumida
em casa (de -0,47% em novembro para -0,05% em dezembro). Apesar de alguns
produtos alimentícios em queda, como feijão-carioca (-13,77%) e o leite longa
vida (-3,97%), outros produtos importantes na mesa do brasileiro exerceram
pressão contrária, como o arroz (0,21%), as carnes (0,77%) e as frutas
(3,39%). Em dezembro, a alimentação fora de casa manteve a mesma taxa de
novembro (0,33%).
Os principais impactos individuais no índice do mês vieram das passagens
aéreas, com alta de 26,29% e 0,10 p.p., da gasolina (1,75% e 0,07 p.p.) e do
cigarro (4,80%, com 0,05 p.p.). O impacto destes três itens juntos foi de 0,22
p.p., equivalente a 73% do IPCA. Passagens aéreas e gasolina foram os
principais responsáveis pelo IPCA dos Transportes (1,11%), a maior alta de
grupo no mês. Houve elevação de preços em outros itens desse grupo, como
seguro voluntário de veículo (2,92%), diesel (1,47%), etanol (0,75%) e
conserto de veículo (0,57%). No caso da gasolina, o aumento foi reflexo do
reajuste de 8,10%, a partir de 06 de dezembro. O diesel teve um reajuste de
9,50% na mesma data.
Nas Despesas Pessoais (1,01%), a maior pressão veio do cigarro (4,80%), tendo
em vista reajustes ocorridos a partir de 1 de dezembro. Houve influência,
também, dos serviços de excursão (0,91%), empregado doméstico (0,87%) e
cabeleireiro (0,53%). Nos demais grupos, destacam-se as altas de artigos de
limpeza (1,18%), plano de saúde (1,07%), mão de obra para pequenos reparos
(0,87%), roupa masculina (0,72%), roupa feminina (0,66%).
O principal impacto para baixo (-0,13 p.p.) veio da energia elétrica
(-3,70%). Essa queda nos preços se deve à volta da bandeira tarifária verde
em 1 de dezembro, em substituição à amarela, que implicava em custo
adicional de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumidos. Ocorreu, ainda,
queda de 11,49% nas contas de energia de Porto Alegre, reflexo da redução de
16,28% nas tarifas de uma das concessionárias, a partir do dia 22 de novembro.
No Rio de Janeiro, o recuo na energia elétrica (-4,98%) refletiu a redução de
11,73% em uma das concessionárias locais, desde 07 de novembro.
Outros destaques em queda de preços foram: TV, som e informática
(-2,15%), automóvel usado (-1,65%) e eletrodomésticos (-0,62%).
O índice regional mais elevado foi o de Brasília (1,12%), onde os preços das
passagens aéreas tiveram alta de 21,30%, com impacto de 0,40 p.p.. A alta de
1,06% nos preços dos alimentos consumidos em casa também pressionou o
resultado do mês. Já a região metropolitana de Porto Alegre (-0,04%) teve o
índice mais baixo, com a queda de 11,49% na energia elétrica mencionada
anteriormente.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com
rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte,
e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de
Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram
comparados os preços coletados no período de 1 a 29 de dezembro de 2016
(referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 30 de
novembro de 2016 (base). As informações partem da assessoria de comunicação
social do IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30