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ECONOMIA: Juro alto não é culpa do BC, mas sim da dívida do governo, diz Campos Neto

15 de maio de 2023
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Porto Alegre, 15 de maio de 2023 – Em entrevista exclusiva ao programa Caminhos com Abilio
Diniz, da CNN, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a taxa de juros
estar em um patamar alto não é culpa do Banco Central (BC), mas sim da dívida do governo.

“A gente tem que tomar cuidado para não ter uma inversão de valores. Se você, empresário,
está tentando pegar um dinheiro e está caro, a culpa não é do BC, porque é malvado, a culpa é
do governo, que deve muito. Porque o governo está competindo com você pelo dinheiro que tem
disponível para aplicar em projetos. Então, assim, o grande culpado pelos juros estarem altos é
que tem alguém competindo pelos mesmos recursos e pagando mais”, disse.

De acordo com Campos Neto, se a dívida do governo fosse baixa, “o custo do dinheiro seria mais
barato para todo mundo”.

Sobre a questão da inflação não estar associada à demanda, Campos Neto considerou como
falácia. “Acho que tem duas falácias. Primeiro, que a inflação não é de demanda () Os
componentes de oferta existiram em algum momento, principalmente durante a invasão da Ucrânia, mas
eles diminuíram. Hoje, a gente tem claro os componentes de demanda e a gente consegue quantificar,
olhando, dependendo do índice ou o que está acontecendo na economia, o que é a demanda e onde que
está vindo essa demanda. Essa é a primeira falácia”, rebate Campos Neto.

Em seguida, ele rebate o argumento de que, se fosse uma inflação de oferta, o Banco Central
não deveria atuar.

“Segundo é que não existe também alguma coisa que diga quando é inflação de oferta, você
não faz nada. Porque o BC tem que combater a inflação de demanda e tem que combater o que
chamamos de efeitos secundários de um possível choque de oferta”.

Questionado sobre sua opinião com relação ao marco fiscal, apresentado pelo governo federal
ao Congresso em abril, Campos Neto elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que considera
como um projeto “corajoso”.

O presidente do Banco Central ponderou que o mais urgente era apagar o risco de que a dívida do
Brasil iria explodir e que, segundo ele, o novo arcabouço conseguiu atingir esse objetivo. “Acho
que o arcabouço, mesmo que não tenha tantas mudanças no Congresso, ele meio que elimina essa
possibilidade”, avaliou Campos Neto.

O presidente do Banco Central comentou sobre sua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e as possibilidades de diálogo com o petista. “Eu tive uma conversa com ele [Lula],
estou disponível para conversar com ele, qualquer dia, qualquer hora, sempre. Então, não tem
nenhuma coisa que o BC não quer falar ou não quer conversar. Ao contrário, eu tento marcar
reunião com o máximo número de ministros do governo possível”, disse.

As informações são do site da CNN no Brasil.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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