ECONOMIA: Lucro líquido da Petrobras no 3T18 sobe 25 vezes

São Paulo, 6 de novembro de 2018 – O lucro líquido da Petrobras subiu 25
vezes no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para
R$ 6,644 bilhões. Analistas consultados pela Agência CMA previam, em média,
lucro líquido de R$ 9,404 bilhões.

Em relatório, a estatal explicou que o resultado do terceiro trimestre foi
impactado pelo acordo firmado com o DOJ e a SEC no valor de R$ 3,5 bilhões.
Excluindo-se esses acordos, bem como os efeitos do acordo da class action, o
lucro líquido seria de R$ 10,269 bilhões no período.

A receita líquida da companhia aumentou 36,81% na mesma base de
comparação, para R$ 98,26 bilhões, ficando abaixo da previsão do mercado, de
R$ 93,733 bilhões.

O ebitda ajustado subiu 55,31% no terceiro trimestre, para R$ 29,856
bilhões, abaixo da estimativa de analistas, de R$ 34,077 bilhões. O ebitda
ajustado leva em consideração o lucro antes de juros, impostos, depreciação
e amortização, participações em investimentos, reduções no valor
recuperável de ativos (impairment), o resultado com alienação e baixa de
ativos e remensuração nas participações societárias.

O lucro líquido da área de Abastecimento – a maior divisão da Petrobras
em termos de receita – cresceu 29,02% no terceiro trimestre em relação ao
mesmo período do ano anterior, para R$ 3,41 bilhões. Na divisão de
exploração e produção (E&P), o lucro líquido cresceu 189,94% no terceiro
trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 12,334
bilhões.

Durante o terceiro trimestre, a Petrobras aumentou os investimentos em
47,99% em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 15,441 bilhões,
e reduziu o fluxo de caixa livre em 44,92%, para R$ 8,115 bilhões.

O endividamento total da companhia somava R$ 352,801 bilhões ao fim do
terceiro trimestre – 2,4% a menos que no encerramento de 2017, ou o equivalente
a 2,96 vezes o ebitda ajustado da Petrobras nos últimos 12 meses.

Segundo a estatal, a gestão ativa da dívida possibilitou o alongamento do
prazo médio para 9 anos, com taxa média de 6,2%. “Excluindo-se o acordo da
class action, esse índice seria de 2,66 vezes, em trajetória convergente para
a meta de 2,5 vezes”.

As informações são da agência CMA.

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