Porto Alegre, 11 de abril de 2023 – Em entrevista ao programa “A voz do Brasil” na noite da
segunda-feira (10/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância das relações
bilaterais e da retomada do protagonismo do Brasil na política externa. Na véspera do embarque
para a China, nesta terça, o presidente afirmou que a relação com o país asiático é essencial
e que pretende ampliar o espectro de possibilidades com seu principal parceiro comercial.
“Nós queremos investimentos para gerar empregos e novos ativos produtivos. O Brasil tem uma
belíssima relação com a China. Fazemos parte do BRICS juntos. É o nosso principal parceiro
comercial. Vamos tentar vender mais as coisas que produzimos para eles. Vamos fortalecer essa
relação”, resumiu o presidente.
Lula antecipou que vai convidar o líder chinês Xi Jinping para vir ao Brasil em uma reunião
bilateral. “Queremos fazer investimentos que signifiquem algo novo, como rodovias, hidrelétricas”,
completou o presidente.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2022, a China importou mais
de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$
60,7 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes
desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004.
Na conversa com os jornalistas, Lula reforçou a importância da questão climática e disse que
o Brasil está disposto a ajudar a despoluir o planeta. Segundo ele, é preciso explorar e
compartilhar com o mundo a biodiversidade da Amazônia e convencer o setor produtivo da importância
da proteção ambiental. “Nós não temos outro planeta. Por que estragar o que nós temos se é
melhor e mais barato preservá-lo?”, questionou.
Diante da marca de 100 dias de gestão, celebrada nesta segunda, Lula disse estar otimista com
os projetos da nova gestão e mais experiente, com o aprendizado de dois mandatos, para fazer as
coisas acontecerem com mais rapidez.
“Estou convencido de que vamos fazer em quatro anos, proporcionalmente, mais do que fizemos em
oito anos porque, primeiro, tenho mais experiência. Segundo, porque tem muitos ministros com
experiência, e vários que já foram governadores e prefeitos, ou seja, todo mundo com muita
capacidade e domínio da execução de políticas públicas”, afirmou.
Lula disse estar satisfeito com o que a equipe conseguiu produzir nesse período, mas que isso
é apenas o início e que, após a retomada de programas sociais que foram desmontados nos últimos
seis anos, a obsessão é gerar emprego, viabilizar investimentos para o Brasil crescer e,
distribuir renda.
O presidente destacou a importância da negociação com estados e municípios para definição
de obras prioritárias e a retomada das que foram abandonadas em estágio avançado de execução e
precisam ser concluídas. Na execução das obras, a ideia é repetir o padrão que foi feito no
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com contratação de pessoas que vivem nas
comunidades onde as obras são instaladas.
“É o emprego que dá dignidade ao ser humano. Dá dignidade e respeito e honra a vida do ser
humano. Por isso que emprego para mim é obsessão. O povo precisa trabalhar e vamos tratar de fazer
com que ele tenha esse emprego”, disse, em conversa com os jornalistas Mariana Jungmann e Luciano
Seixas.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45