ECONOMIA: Mercosul é importante, mas é supervalorizado, diz Bolsonaro

Porto Alegre, 30 de outubro de 2018 – O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é
um bloco comercial importante, mas supervalorizado, e agora precisa ser tratado
da forma correta para que não impeça o Brasil de expandir suas fronteiras
comerciais, afirmou o presidente eleito Jair Bolsonaro em entrevista à TV
Record.

“O Mercosul tem sua importância, sim, mas está supervalorizado. Foi
super bem gestado lá atrás, mas depois, no governo do PT, a questão
ideológica passou a falar mais alto”, disse Bolsonaro. “Ninguém quer
implodir o Mercosul, mas nós queremos dar a devida estatura para ele”,
acrescentou.

“O que nós queremos é nos livrar das amarras do Mercosul”, disse
Bolsonaro. Ele acusou outros membros do bloco de violarem restrições impostas
pelo acordo, mas não citou quais países teriam feito isso.

O presidente eleito também criticou o fato de a Venezuela ter sido aceita
no Mercosul, afirmando que o país deveria ter sido barrado pela “cláusula
democrática” – o Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, que reafirma o
compromisso do bloco com a democracia.

Os membros fundadores do Mercosul são Brasil, Argentina, Paraguai e
Uruguai, que assinaram o Tratado de Assunção, de 1991. A Venezuela aderiu ao
Bloco em 2012, mas está suspensa desde dezembro de 2016 por descumprimento de
seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da cláusula
democrática.

Todos os demais países sul-americanos estão vinculados ao Mercosul como
Estados Associados. A Bolívia, por sua vez, tem o “status” de Estado
Associado em processo de adesão.

O bloco tem como objetivo permitir a livre circulação de bens, serviços
e outros fatores produtivos, incluindo a livre circulação de pessoas, o
estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) no comércio com outros
países e a adoção de uma política comercial comum, a coordenação de
políticas macroeconômicas e setoriais e a convergência das legislações
nacionais dos Estados Partes. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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