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ECONOMIA: No discurso dos 100 dias de governo, Lula defende arcabouço fiscal e volta a criticar taxas de juros

10 de abril de 2023
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Porto Alegre, 10 de abril de 2023 – O arcabouço fiscal apresentado pela equipe econômica traz
soluções segurar e realistas para equilibrar as contas públicas, dando fim às amarras que eram
descumpridas no “falido” teto de gastos. A afirmação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva durante o discurso de balanço dos 100 primeiros dias do governo. Lula não poupou elogios
para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução da confecção do texto da nova meta
fiscal.

Segundo Lula, o novo arcabouço “vai trazer o pobre de volta ao orçamento e investimentos no
desenvolvimento econômico do país”. O presidente disse ter certeza de que o arcabouço será
aprovado no Congresso e que o país colherá os frutos da nova regra.

O presidente voltou a criticar as taxas de juros praticadas no Brasil. “13,75% ao ano é uma
taxa de juros muito alta. Estão brincando com a sociedade e com os empresários que querem investir
no país”. O presidente destacou ainda o trabalho em torno de uma reforma tributária que vai
corrigir as distorções de um sistema injusto.

Lula não poupou o mercado financeiro. “Se formos governar com as atenções voltadas ao que o
mercado pensa, é melhor desistir. É saber o que a gente pensa e fazer o contrário”, afirmou o
presidente. Lula defendeu que os bancos públicos invistam e concedam crédito com juros mais baixos
que os praticados pelos bancos particulares. “Dinheiro bom é dinheiro gerando obra, desenvolvimento
e emprego”, disse, assegurando que os gastos serão feitos com responsabilidade e frisando que não
precisa que o mercado lembre de sua responsabilidade fiscal, porque já fez isso em outras
ocasiões.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin,
destacou a maior participação nos Ministérios nestes 100 primeiros dias do governo. Segundo
Alckmin, o governo Lula salvou a democracia do país. “Foram mil dias em 100”, afirmou o
vice-presidente, destacando os rápidos avanços neste começo de governo.

Sobre a Petrobras, o presidente disse que considera uma empresa de energia, a empresa que mais
investiu em inovação no país, citando como exemplo a exploração do pré sal. “A Petrobras
financiará pesquisa para a descoberta de novos combustíveis renováveis”, assegurou.

Lula destacou o novo marco do saneamento aprovado na semana passada, que “remove as amarras e
vai trazer investimento. O presidente disse que o novo plano safra será lançado em maio e destacou
a meta de aumentar a produtividade do setor, mas com sustentabilidade. Garantiu que o país vai
cumprir as metas de redução de carbono e se adequar a promessa de desmatamento zero a partir de
2030. “O desmatamento será combatido em todos os biomas brasileiros”, reforçou, acrescentando que
a economia de baixo carbono será tratada com estratégia de desenvolvimento do país.

Lula pediu que o ministro Haddad priorize o programa Desenrola. O projeto é fruto de uma
promessa de campanha do petista que propõe renegociar dívidas e possibilitar o retorno dos
brasileiros inadimplentes ao mercado.

O presidente reiterou que combater a fome e gerar empregos é sua obsessão e prometeu que o
país sairá do mapa da fome novamente.

O presidente disse não se lembrar de ter feito um discurso de balanço de 100 dias nos seus
governos anterior. Para ele, no entanto, o balanço se fez necessário devido à diferença de ter
recebido o governo anteriormente de um democrata – o ex-presidente Fernando Henrique Cardos bem
diferente daquele que está substituindo agora, referindo-se a Jair Bolsonaro. Não houve economia
nas críticas e comparações com o governo anterior, com Lula destacando os aumentos expressivos
nos investimentos nas mais diversas áreas.

Lula agradeceu ao empenho dos ministros e destacou a união dos poderes e instituições para
defender a democracia e que esta será uma das marcas de seu governo. O presidente afirmou estar
otimista com o futuro do país. “Faremos a diferença superando as dificuldades que nos são
impostas”, frisou. O presidente relembrou que tem como objetivo conciliar crescimento econômico com
inclusão social e que vai priorizar para os humildes, “para aqueles que mais precisam do estado”.

O presidente destacou o fato do Brasil ter retomado a relação com outros países e com
governadores, prefeitos, deputados e senadores, acenando com críticas novamente ao antigo governo.
“Foram 100 dias de muito trabalho, mas ainda temos 1360 pela frente para reconstruir o país”.

“O Brasil voltou a ser o país do futuro e esse é apenas o começo”, finalizou, acrescentando
ter muito orgulho do que foi feito no período de 100 dias.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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