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ECONOMIA: Plano de Transição Ecológica “pode ser grande marca do governo”, diz Haddad

10 de julho de 2023
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Porto Alegre, 10 de julho de 2023 – Em uma entrevista ao podcast “O Assunto”, do G1, nesta
segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), discutiu os principais aspectos do Plano
de Transição Ecológica, que ele considera ser uma das grandes marcas do governo Lula.

“Nos bastidores aqui do Ministério da Fazenda tinha uma estrutura que estava trabalhando em
silêncio para mapear todas as oportunidades que o Brasil tem como vantagens competitivas em
relação ao mundo. Para modernizar a nossa infraestrutura produtiva. Então, isso vale para a
infraestrutura, para a geração de energia limpa, para a atração de investimentos estrangeiros
que querem produzir produtos verdes e transformar isso numa marca do Brasil”, disse o ministro.

Segundo Haddad, o plano de transição ecológica abrange mais de 100 ações que serão
implementadas ao longo de quatro anos. Ele enfatizou a importância dessas ações abrangentes e
mencionou algumas delas, como o crédito de carbono, a reforma tributária e a exploração de
terras raras. “É um mapeamento muito amplo das oportunidades”, acrescentou.

“Importante entregar ao longo do mandato do presidente essas ações que vão desde leis que
vão ser encaminhadas a partir de agosto, como a Lei de Crédito de Carbono, até a infraestrutura
legal que desburocratiza investimentos verdes”, explicou Haddad.

O ministro confirmou que o plano está sendo validado junto ao presidente Lula, buscando seu
apoio para as iniciativas propostas. Além disso, ele revelou que se encontrará com o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), na manhã de terça-feira (11) a, para discutir a tramitação da
reforma tributária na Casa.

Em relação à proposta de criação de um novo imposto que unifique as taxações federais,
estaduais e municipais, Haddad esclareceu que o objetivo não é simplesmente aumentar a
arrecadação, mas promover o crescimento econômico e harmonizar o país. “Nosso objetivo não é
aumentar imposto, é melhorar a economia, porque o crescimento econômico é que tem que gerar uma
maior arrecadação e não criação de tributo aumento de alíquota, não é isso”, afirmou o
ministro.

Haddad também ressaltou a importância de buscar a harmonização entre os poderes, incluindo o
Congresso, o Judiciário e, possivelmente, o Banco Central. Ele destacou que essa cooperação é
essencial para alcançar os resultados necessários para atender às demandas da população. “A
gente está procurando harmonizar os poderes. Nós queremos estamos conseguindo. Não é?
Sensibilizar Congresso, Judiciário e agora, quem sabe, a partir de agosto, Banco Central (BC), para
buscar os resultados que a população tanto precisa”, explicou o ministro.

Em relação ao atual clima político, Haddad afirmou que as tensões diminuíram. “O amigo e o
inimigo. O fogo diminuiu. Eu ‘tô’ me sentindo menos na frigideira do que eu estava três meses
atrás. Eu estou há 23 anos nessa vida. Eu estou pouco habituado a viver altos e baixos sem me
impressionar muito. Eu sei que o alto não é tão alto quanto parece, que o baixo não é tão
baixo quanto parece”, pontuou Haddad.

Ao comentar a relação entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e ele mesmo, que
resultou em acordos favoráveis para o governo nas últimas semanas, o ministro afirmou que faz
parte da política conversar com todos os chefes de setores em busca de bons termos para os acordos
do governo. “Me dou muito bem com o presidente do BC, não tenho nenhum problema com ele, muito pelo
contrário. Mas eu acho, sinceramente, que isso é a volta da política com P maiúsculo, para
produzir os melhores resultados. Quando ela não produz os melhores resultados, ela está sendo mal
feita”, explicou Haddad.

Por fim, Haddad destacou que o Brasil passou por uma década trágica em termos econômicos e
que isso será objeto de estudos nos próximos anos. Ele expressou a esperança de que a década de
2020 inaugure um novo ciclo para o país, com um crescimento econômico mais robusto. “Nós não
podemos voltar a continuar crescendo 1% em média, que foi o que aconteceu na última década. Foi
uma década trágica na história brasileira. Espero que essa década tenha ficado para trás e que
2023 inaugure um novo ciclo”, concluiu o ministro.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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