Porto Alegre, 30 de março de 2023 – O Banco Central (BC) elevou a previsão de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 1% para 1,2% na edição de março do Relatório
Trimestral de Inflação (RTI).
Segundo o relatório, apesar da revisão, a projeção continua refletindo cenário prospectivo
de desaceleração da atividade econômica em 2023, na comparação com os dois anos anteriores.
“Espera-se que o crescimento no ano tenha contribuição relevante do setor agropecuário”, informa.
A inflação acumulada em doze meses, medida pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), continuou recuando desde o Relatório anterior. “Contudo, considerando a métrica
trimestral, a inflação ao consumidor e algumas medidas de núcleo aumentaram. A inflação ao
consumidor, assim como diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo
compatível com o cumprimento da meta para a inflação.
Conforme o BC, o ambiente externo se deteriorou desde o Relatório de Inflação anterior. “Os
episódios envolvendo bancos nos Estados Unidos da América (EUA) e na Europa elevaram a incerteza e
a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento. As economias centrais têm enfatizado o
princípio da separação de objetivos e instrumentos na condução das políticas monetária e
macroprudencial.
Em paralelo, continua o documento, dados recentes de atividade e inflação globais se mantêm
resilientes e a política monetária nas economias centrais segue avançando em trajetória
contracionista. O ambiente externo segue marcado pela perspectiva de crescimento global abaixo do
potencial, mas a flexibilização da política de combate à Covid na China, um inverno mais ameno
na Europa e a possibilidade de uma desaceleração gradual no crescimento nos Estados Unidos
suavizam a desaceleração econômica global em curso resultante do aperto das condições
financeiras nas principais economias.
Por outro lado, o impacto sobre as condições financeiras e consequentemente sobre o
crescimento global dos recentes episódios envolvendo o sistema bancário em economias centrais
ainda é incerto, porém tem viés negativo. Leituras de inflação recentes apontam para alguma
estabilização dos núcleos de inflação em diversos países em patamares superiores a suas metas
e reforçam o caráter inercial do atual processo inflacionário. O ambiente inflacionário segue
desafiador e o baixo grau de ociosidade do mercado de trabalho em algumas economias, aliado a uma
inflação corrente persistentemente elevada e com alto grau de difusão, sugere que pressões
inflacionárias, particularmente no setor de serviços, devem demorar a se dissipar.
No cenário doméstico, a atividade econômica em 2022 superou as expectativas iniciais, mas a
trajetória ao longo do ano foi de arrefecimento, corroborando o cenário de desaceleração
esperado pelo Copom. “A desaceleração econômica no segundo semestre também se manifestou no
mercado de trabalho, com interrupção da queda da taxa de desemprego nos últimos meses”.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45