Porto Alegre, 8 de junho de 2022 – No relatório da OCDE sobre as
Perspectivas Econômicas de 2022, o Brasil aparece como um país que teve um
crescimento forte em 2021, de 5%, mas cujo PIB avançará de forma muito lenta
em 2022, com um crescimento de apenas 0,6%. “A inflação crescente, a guerra
na Ucrânia e as condições financeiras mais apertadas erodiram o sentimento
econômico e poder de compra, que deve afetar fortemente a demanda doméstica na
primeira metade de 2022. A eleição presidencial de 2022 está adicionando
incerteza, ajudando a manter o investimento moderado”, diz o relatório. Para
2023, a previsão é de alta de 1,2% no PIB.
O documento aponta que o Brasil precisa de esforços adicionais para
melhorar a eficiência e direcionamento do gasto público, para manter a solidez
fiscal. “O banco central deve continuar apertando a política monetária para
baixar a inflação”. Um ponto mostra a particularidade da economia brasileira:
as fontes de energia. “As fontes de energia eólica e solar devem ser
exploradas para complementar a energia hidrelétrica”.
A campanha de vacinação contra a Covid foi um dos destaques brasileiros
em 2021, o que, segundo a OCDE, colaborou para um crescimento mais estável da
economia. Mas a inflação mais alta, que está em 12%, contribui para diminuir
a confiança do consumidor. “O aumento dos preços dos alimentos, combustíveis
e energia erodiu significativamente o poder de compra das famílias’.
Um fator torna a economia singular no relatório: as eleições
presidenciais em outubro. “A eleição presidencial de 2022 adiciona incerteza
considerável, o que pode amortecer o consumo privado e o investimento ainda
mais. A pressão crescente sobre a regra do teto de gastos nos próximos anos
representa uma ameaça à estabilidade fiscal e financeira”.
Para a OCDE, para manter a sustentabilidade fiscal e evitar o aumento da
pobreza, o Brasil precisa manter as reformas, “para melhorar a eficiência de
gastos e o fortalecimento do quadro fiscal de médio prazo. Isso criaria espaço
fiscal para investimento público produtivo e apoio social bem direcionado, e
fortalecer a confiança dos investidores”.
O documento não deixa de fora as ameaças ambientais. “As leis para
prevenir o desmatamento ilegal precisam ser devidamente fiscalizadas, para
proteger os recursos naturais, como a floresta amazônica, que pode fornecer
meios de subsistência sustentáveis para segmentos vulneráveis da população.
A forte dependência da energia hidrelétrica mostrou seus limites e, à medida
que a demanda por eletricidade continua a aumentar, fontes renováveis
alternativas precisarão ser exploradas”. As informações são da Agência
CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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