Porto Alegre, 11 de abril de 2023 – O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão
de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 2,9%, feita em janeiro, para 2,8%. Devido
ao aperto monetário contínuo, o sistema financeiro se tornou ainda mais instável, o que aumentou
os riscos para a perspectiva econômica mundial.
O crescimento deste e do próximo ano ainda serão menores que o registrado em 2022, quando o
mundo teve alta de 3,4%. Para 2024, o FMI fez um reajuste para baixo em relação à sua última
projeção, passando de 3,1% para 3,0%.
“Com o recente aumento da volatilidade do mercado financeiro e múltiplos indicadores apontando
em diferentes direções, a neblina em torno das perspectivas econômicas mundiais aumentou. A
incerteza é alta e o balanço de riscos mudou firmemente para baixo enquanto o setor financeiro
permanecer instável”, escreve o órgão.
De acordo com o FMI, as principais forças que afetaram o mundo em 2022 como “posturas
monetárias rígidas dos bancos centrais para conter a inflação, reservas fiscais limitadas para
absorver choques em meio a níveis de dívida historicamente altos, picos de preços de commodities
e fragmentação geoeconômica com a guerra da Rússia na Ucrânia e a reabertura econômica da
China” devem continuar neste ano.
“Mas essas forças agora estão sobrepostas e interagindo com novas preocupações de
estabilidade financeira”, acrescenta o FMI. Segundo o documento, a recente quebra de bancos
regionais nos Estados Unidos e a perda de confiança no Credit Suisse, “um banco globalmente
significativo”, abalou a confiança financeira em todo o mundo.
“A liquidez e as posições de capital geralmente fortes dos bancos sugeriam que eles seriam
capazes de absorver os efeitos do aperto da política monetária e se adaptar sem problemas. No
entanto, algumas instituições financeiras com modelos de negócios que dependiam fortemente da
continuação das taxas de juros nominais extremamente baixas dos últimos anos enfrentaram forte
estresse, pois se mostraram despreparadas ou incapazes de se ajustar ao ritmo acelerado de aumentos
das taxas”, explica o FMI.
Segundo o órgão, “apesar das fortes ações políticas para apoiar o setor bancário e
tranquilizar os mercados, alguns depositantes e investidores tornaram-se altamente sensíveis a
qualquer notícia, enquanto lutam para discernir a amplitude das vulnerabilidades entre bancos e
instituições financeiras não bancárias e suas implicações para o provável caminho de curto
prazo da economia”.
Para o FMI, será preciso maior atenção dos formuladores de política monetária para
garantirem a liquidez e confiança nos sistemas bancários à medida que o mundo passa por um
período de redução inflacionária que deve afetar o consumo. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/07/2025 09:10