ECONOMIA: Reino Unido sai da UE de acordo com vontade democrática do povo

Porto Alegre, 29 de março de 2017 – O governo do Reino Unido acionou hoje
o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que dá início ao processo de separação
entre o país e a União Europeia (UE). O embaixador britânico para a UE, Tim
Barrow, entregou ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a carta
assinada pela primeira-ministra Theresa May que formaliza o processo.

O acionamento do Artigo 50 marca o começo de um período de dois anos para
que as partes negociem os termos da separação e determinem como será a
relação bilateral no futuro. “Hoje, o governo britânico age de acordo com a
vontade democrática do povo. O Reino Unido está saindo da UE”, disse May em
discurso ao Parlamento Britânico.

Em 23 de junho de 2016, 51,9% dos britânicos votaram a favor da saída da
União Europeia em plebiscito. “Esse é um processo histórico para o qual não
há retorno”, acrescenta May. “Quero que o Reino Unido saia desse momento de
mudanças mais forte, mais justo e mais unido. Quero que sejamos um país
seguro, próspero e tolerante”.

A premiê voltou a dizer que, fora da União Europeia, os britânicos
terão mais controle sobre questões como a imigração, mas reconheceu que o
país não poderá continuar dentro do mercado único europeu. A participação
no mercado único exige que se aceite as “quatro liberdades” – livre
circulação de bens, serviços, capitais e pessoas – e um dos principais
argumentos do Brexit foi justamente permitir maior controle da imigração.

“Uma vez que aceitar as quatro liberdades é incompatível com a vontade
do povo britânico, não seremos mais membros do mercado único”, disse May aos
parlamentares. “Vamos gerenciar a imigração apropriadamente para que ela
sirva aos interesses nacionais. Mas vamos também buscar um acordo de livre
comércio ambicioso com a União Europeia”. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2017 – Grupo CMA