ECONOMIA: Setor deve melhorar no Japão, de forma lenta e gradual – Ata BoJ

Porto Alegre, 3 de novembro de 2022 – O Banco do Japão (BoJ) divulgou na última terça-feira a
ata da reunião do dia 28 de outubro, na qual manteve a taxa de juros em -0,1% e a de depósito em
0%. Para o banco, as economias mundiais estão se recuperando de forma moderada, mas ainda com
alguns períodos de baixa. “A pressão descendente sobre a economia global aumentou à medida que os
bancos centrais das economias avançadas e emergentes prosseguiram com aumentos das taxas de
política em meio à pressão inflacionária que continua em todo o mundo”, diz a ata.

A ata também lembra que a economia japonesa vem se recuperando depois das fases mais
restritivas da Covid-19, mas ainda sob o risco da guerra na Ucrânia. “Relativamente às
perspectivas, a economia deverá recuperar, com o impacto do Covid-19 e as restrições do lado da
oferta a diminuir, embora se esperasse que estivesse sob pressão descendente decorrente do aumento
dos preços das commodities devido a fatores como a situação em torno da Ucrânia”.

Levando todas essas considerações, junto com a situação atual da economia japonesa, o banco
não vai estabelecer limite máximo para fornecer recursos para financiar a atividade do país.
“Para apoiar o financiamento, principalmente de pequenas e médias empresas, mesmo após o término
das operações especiais, e com vistas a atender a uma gama mais ampla de necessidades de
financiamento, o Banco não estabelecerá limite máximo para o montante de recursos”.

O banco acredita que a economia japonesa vai se recuperar, mas se espera que os preços das
commodities e a guerra na Ucrânia pode ainda ser um entrave. “Á medida que um ciclo virtuoso de
renda para gastos se intensifica gradualmente, a economia do Japão deverá continuar crescendo a um
ritmo acima de sua taxa de crescimento potencial”.

Além disso, a expectativa é que a inflação vai aumentar no final deste ano por conta dos
preços de energia, alimentos e bens duráveis. Depois disso, ela deve cair porque a pressão a
inflacionária deve arrefecer. “Entretanto, prevê-se que a pressão inflacionista subjacente
aumente na sequência do aumento das expectativas de inflação a médio e longo prazo e do
crescimento dos salários”.

Mesmo continuando com o programa de afrouxamento monetário quantitativo e acompanhar a curva de
crescimento dos títulos do tesouro japonês, o banco disse que vai continuar “monitorando de perto
o impacto da Covid-19, apoiando o financiamento, principalmente de empresas, e mantendo a
estabilidade nos mercados financeiros, e não hesitará em tomar medidas adicionais de
flexibilização, se necessário; também espera que as taxas de juros de curto e longo prazo
permaneçam em seus níveis atuais ou mais baixos”, conclui a ata.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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