ECONOMIA: Xi deve apresentar a Trump termos para encerrar disputa China-EUA

Porto Alegre, 27 de junho de 2019 – O presidente chinês, Xi Jinping,
planeja apresentar ao presidente norte-americano, Donald Trump, um conjunto de
termos que os Estados Unidos devem cumprir antes que Pequim esteja pronta para
resolver o confronto comercial, levantando dúvidas sobre se os dois líderes
concordarão em retomar as negociações. As informações são da agência de
notícias “Dow Jones”.

Entre as condições prévias, disseram autoridades chinesas com
conhecimento do plano, Pequim insiste que os Estados Unidos removam a
proibição da venda de tecnologia norte-americana para a gigante chinesa Huawei
Technologies. Pequim também quer que os Estados Unidos retirem todas as
tarifas punitivas e abandone os esforços para levar a China a comprar ainda
mais exportações do país do que Pequim disse que iria quando os dois líderes
se encontraram em dezembro.

O negociador chefe dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e seu par
chinês, Liu He, falaram por telefone esta semana sobre maneiras de recomeçar
as negociações e esperam encontrar-se pessoalmente antes do almoço de sábado
dos dois presidentes, depois da reunião do G-20 (grupo que reúne economias
mais industrializadas e países emergentes) em Osaka, disseram as fontes. Não
está claro o que os dois vão discutir, e se seus chefes aprovarão seu
trabalho.

Apesar de suas condições prévias, Xi não deve adotar um tom de
confronto com Trump, de acordo com as fontes. Em vez disso, elas dizem, ele vai
esboçar o que ele imagina ser um relacionamento bilateral ideal, que inclui a
ajuda da China em questões de segurança que incomodam os Estados Unidos,
especialmente Irã e Coreia do Norte.

Por sua vez, as autoridades norte-americanas dizem que estão indo para a
reunião buscando ver se as contrapartes chinesas estão dispostas a retomar as
negociações de onde elas pararam. As duas nações estavam perto de um acordo
comercial em abril, quando, segundo os Estados Unidos, a China voltou atrás em
suas promessas. Cabe a Pequim a retomada das negociações, disseram autoridades
norte-americanas. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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