Porto Alegre, 3 de novembro de 2021 – As dúvidas a respeito do processo de
redução dos gastos e da dívida pública que surgiram nas últimas semanas
aumentaram o risco de as expectativas do mercado descolarem da meta de
inflação, assim como as chances de a economia passar a operar com uma taxa de
juros neutra mais elevada, segundo a ata da mais recente reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
“As contas públicas têm tido desempenho melhor do que o esperado.
Supondo a manutenção dos marcos fiscais vigentes, em particular o controle do
crescimento dos gastos, as projeções do Copom preveem trajetória cadente da
dívida pública como fração do produto”, disse o grupo no documento.
“No entanto, surgiram, entre as reuniões do Comitê, questionamentos
relevantes em relação ao futuro do arcabouço fiscal atual, resultando em
elevação dos prêmios de risco. Esses questionamentos também elevaram o risco
de desancoragem das expectativas de inflação, aumentando a assimetria altista
no balanço de riscos. Isso implica atribuir maior probabilidade para cenários
alternativos que considerem taxas neutras de juros mais elevadas”,
acrescentou.
O Copom disse também que “o processo de reformas e ajustes necessários
na economia brasileira é essencial para o crescimento sustentável da economia.
Esmorecimento no esforço de reformas estruturais e alterações de caráter
permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de
juros estrutural da economia.”
A taxa de juros neutra – ou taxa de juros estrutural – é aquela em que a
política monetária não exerce efeito negativo nem positivo sobre a atividade
econômica. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 31/07/2025 11:10