São Paulo, 29 de outubro de 2018 – O período de intenso apoio popular ao
presidente eleito Jair Bolsonaro deve durar pouco após sua vitória nas
eleições deste domingo e isso terá efeito negativo sobre a profundidade das
reformas que ele conseguirá adotar durante seu governo, de acordo com análise
da Eurasia.
“A margem de vitória de Bolsonaro, de 10 pontos porcentuais, aponta para
uma vitória clara, mas não um triunfo decisivo: ela foi bem menor que a de
Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e 2006 (de 22 e 23 pontos percentuais,
respectivamente) e mais estreita que a de Dilma Rousseff em 2010, quando ela
venceu por uma margem de 12 pontos porcentuais”, disse a consultoria.
Além disso, o apoio popular a Bolsonaro também é inferior ao dos dois
ex-presidentes. Ambos começaram seus mandatos com taxas de aprovação de 73% e
75%, respectivamente, sendo que 56% e 51% avaliavam o govero como “excelente”
ou “bom”. “Duvidamos que Bolsonaro começará com este nível de apoio.
Nossa aposta é de que ele comece com uma taxa de aprovação de aproximadamente
50%, e que os que o consideram “excelente/bom” fiquem perto de 40%.”
Soma-se a isso a promessa de campanha de não distribuir cargos públicos
em troca de apoio no Congresso. “Isso é um problema na hora de trabalhar com
uma Câmara dos Deputados composta por 30 partidos e com um Senado composto por
21, porque significa que ele não usará a ferramenta tradicional para gerar
disciplina nas reformas que são politicamente impopulares”, disse a
consultoria.
A Eurasia diz que o balanço final das reformas no próximo governo deve
ser mito. “Embora esperemos que a equipe econômica de Bolsonaro, amigável ao
mercado, apoie uma necessária reforma da Previdência, achamos que ela será
relativamente modesta em escopo e tamanho, dada a resistência do Congresso.”
Por outro lado, a consultoria lembra que a plataforma pró-mercado de
Bolsonaro foi construída ao longo dos últimos dois anos e que isso é sinal de
que a defesa deste tipo de política deve prevalecer durante seu mandato
independentemente da permanência de Paulo Guedes, seu assessor econômico e
possível ministro da Economia, no governo.
As informações são da agência CMA.
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