Agronegócio

Emater mantém alerta para estiagem

22 de fevereiro de 2021
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A forte estiagem que atingiu o Estado no final do ano passado deu uma trégua após as chuvas de janeiro e das primeiras semanas deste mês. Um alívio para o campo, sobretudo para as culturas mais afetadas neste período. Entretanto, não quer dizer que os produtores devam se descuidar na proteção às lavouras ou achar que estão livres da seca.

A manutenção de ações de reservação hídrica são essenciais para que, em futuros períodos de estiagem, os danos no campo sejam minimizados. “Há uma forte tendência dos efeitos climáticos se tornarem mais frequentes e em maior intensidade, e a estiagem está entre elas. Sempre atuamos em resolver a crise hídrica, ou seja, mobilizar recursos para resolver o momento em que acontece”, salienta o gerente regional da Emater-RS/Ascar, Marcelo Brandoli.

As ações desenvolvidas pela Regional de Lajeado abrangem 55 municípios dos Vales do Taquari e Caí e são voltadas para a segurança hídrica e envolvem proteção de fontes e olhos d’água, reservação da água (cisternas aéreas, escavadas, microaçudes), além do manejo do solo para armazenamento.

“A Emater faz a orientação construtiva e de adequação ambiental, também colaborando na elaboração de projetos para obtenção de recursos dos governos federal, via Pronaf, estadual, com recursos da Assembleia Legislativa e Consulta Popular, em alguns casos, municipal”, comenta Brandoli.

O alerta da Emater é justamente na necessidade de se trabalhar na gestão de riscos. Ou seja, trabalhar em caráter permanente e a longo prazo para que as propriedades tenham mais proteções de fontes e reservação de água.

Captação para evitar estiagem

A água da chuva é captada de telhados e pátios, através de calhas, tubulações verticais e horizontais, e armazenadas em cisternas.

Segundo Brandoli, o tamanho da cisterna, para armazenamento da água da chuva, é calculado pela precipitação média anual da região e da área de captação. “As principais práticas de reservação de água são através de cisternas aéreas, que podem armazenar de mil a um milhão de litros de água”, explica.

Há outras opções de armazenamento de água, como através da abertura de microaçudes e também no solo, com implementação de técnicas via manejo. “Um dos maiores reservatórios de água é o próprio solo. Então, é importante implementar e monitorar práticas que viabilizem maior infiltração e manutenção de água no solo.”

Acesso aos projetos

Segundo Brandoli, produtores que buscam acessar recursos para elaboração de projetos de captação de água podem procurar os escritórios municipais da Emater e os bancos (no caso do Pronaf), além de fundos municipais de Meio Ambiente no caso de proteção de nascentes e cisternas.

Fonte: A Hora

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