Porto Alegre, 7 de junho de 2021 – A agência de classificação de risco
Moody’s espera que o efeito do ataque cibernético sofrido pela JBS USA na
semana passada será insignificante para o crédito da operação devido ao seu
“amplo colchão financeiro” para absorver uma interrupção temporária da
produção e corrigir seus sistemas de tecnologia da informação (TI).
Em nota divulgada em 3 de maio, a agência lembrou que o desligamento dos
sistemas de TI devido ao ataque atrasou transações com fornecedores e clientes
da JBS USA e da Pilgrim’s, da qual a JBS detém o controle acionário de
80,3%.
Segundo a Moody’s, a JBS USA responde por cerca de 75% da receita da JBS e
é a segunda maior processadora de carnes e aves dos Estados Unidos em vendas,
com aproximadamente US$ 39,3 bilhões em vendas líquidas consolidadas em 2020,
enquanto a sua controladora relatou vendas líquidas consolidadas de US$ 52,9
bilhões.
“A JBS USA processa pouco menos de um quarto de toda a carne bovina e um
quinto de toda a carne suína nos Estados Unidos, enquanto na Austrália a
empresa responde por cerca de 20% da produção de processamento”, destacou a
agência.
Em 3 de junho, a JBS USA e a Pilgrim’s anunciaram que as operações de
todas as unidades nos Estados Unidos estavam totalmente operacionais após a
resolução do ataque cibernético que sofreram no domingo, 30 de maio, segundo
comunicado divulgado pelas JBS.
“A resposta rápida da empresa, seus robustos sistemas de tecnologia da
informação e servidores de backup criptografados permitiram uma rápida
recuperação”, diz o comunicado.
As empresas conseguiram limitar a perda de alimentos produzidos durante o
ataque a um volume menor que o equivalente a um dia de produção e disseram que
qualquer produção perdida em todos os negócios globais da empresa será
totalmente recuperada até o final da próxima semana, limitando qualquer
potencial impacto negativo sobre os produtores, consumidores e força de
trabalho da empresa.
O presidente da JBS USA, Andre Nogueira, disse que os criminosos não
conseguiram acessar os sistemas centrais da empresa, o que reduziu muito o
impacto potencial e que, imediatamente ao saber da intrusão, a empresa contatou
as autoridades federais e ativou seus protocolos de segurança cibernética,
incluindo o desligamento voluntário de todos os seus sistemas para isolar a
intrusão, limitar a infecção potencial e preservar os sistemas centrais.
Além disso, os servidores de backup criptografados da empresa, que não
foram infectados durante o ataque, permitiram o retorno às operações antes do
esperado. A JBS USA e a Pilgrim’s priorizaram sistemas de restauração
críticos para a produção para garantir que a cadeia de abastecimento de
alimentos, produtores e consumidores não fossem prejudicados.
“Gostaríamos de agradecer à Casa Branca, ao Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos e ao FBI por seu apoio na resolução rápida desta
situação”, afirmou Nogueira.
Por fim, a empresa afirma não ter conhecimento de nenhuma evidência de
que dados de clientes, fornecedores ou funcionários tenham sido comprometidos.
No domingo (30), a JBS USA tomou conhecimento do ataque organizado de
segurança cibernética, que afetou alguns dos servidores que suportam seus
sistemas de tecnologia da informação (TI) nos Estados Unidos e na Austrália.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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