Porto Alegre, 1 de setembro de 2021 – A BrasilAgro, especializada na compra
e venda de propriedades rurais e na produção de alimentos, fibras e
bioenergia, atingiu uma receita líquida total recorde na safra 2020/21,
encerrada em junho, de R$ 721,9 milhões. A informação consta no balanço de
resultados divulgado ao mercado nesta terça-feira (31).
O lucro líquido total da empresa, que opera no Brasil, Paraguai e
Bolívia, cresceu 166% na comparação entre safras, saltando de R$ 119,5
milhões em 2020 para R$ 317,6 milhões este ano. No trimestre, o crescimento
foi ainda maior, quando comparado com igual período do ano passado, aumentando
277%, de R$ 33,9 milhões para R$ 127,8 milhões no quarto trimestre de 2021.
O EBITDA Ajustado, lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização, somou R$ 365,7 milhões no período, “resultado que reflete uma
receita líquida de R$ 721,9 milhões, composta por R$ 58,9 milhões de venda de
fazendas e R$ 663,0 milhões de vendas de produtos agrícolas”, diz mensagem
de André Guillaumon, CEO da BrasilAgro, ao mercado.
Durante a safra, o caixa e o equivalente de caixa da companhia cresceram de
R$ 171,0 milhões em 2020 para R$ 1,0 bilhão em 2021. “No plano de negócios,
decidimos acelerar o plano de crescimento e realizamos duas importantes
captações, com destaque para o Follow on, que levantou R$ 500 milhões e a
emissão de CRA, no valor de R$ 240 milhões. Além disso, tivemos a entrada de
R$ 448,2 milhões no caixa com o exercício dos bônus de subscrição pelos
fundadores da Companhia. Esse caixa nos deixa bem-posicionados para
investimentos em novos projetos e desenvolvimento do portfólio atual”, diz
mensagem de André Guillaumon, CEO da BrasilAgro.
O portfólio de propriedades está avaliado em R$ 3,4 bilhões, segundo a
consultoria Deloite Touche Tohmatsu.
No relatório sobre o quarto trimestre do ano safra, a BrasilAgro traz
detalhes da venda de 1.654 hectares da Fazenda Jatobá, na Bahia, “com valor
nominal total de R$ 67,1 milhões (300 sacas de soja/ha útil ou ~R$ 53.640/ha
útil), o que representa um ganho de R$ 64,3 milhões, com TIR de 20,4%”. Nos
livros da companhia, do ponto de vista contábil, a área vendida é de R$ 2,8
milhões, incluindo aquisição e investimentos líquidos de depreciação.
Venda de produtos agrícolas
A receita obtida pela companhia com a venda de produtos agrícolas cresceu
45% entre o quarto trimestre de 2020 e o mesmo período deste ano. Em valores,
passou de R$ 158,5 milhões para R$ 229,2 milhões em 2021. No comparativo entre
safras também houve crescimento de 36%, de R$ 487,6 milhões para R$ 662,9
milhões.
Cana-de-açúcar puxa a lista dos que mais geraram receita na safra, R$
264,9 milhões, sendo R$ 88,9 no quarto trimestre. Soja aparece na sequência
com receita líquida de R$ 235,7 na safra e R$ 113,6 no trimestre.
Operações
A BrasilAgro produziu 282 mil toneladas de grãos, divididos entre as
culturas de soja, milho e feijão. O clima interferiu no desempenho da
produção de grãos da companhia, principalmente na produtividade do milho
(safra e safrinha), que está concentrado no Centro Oeste e Paraguai, que foram
as regiões que mais sofreram com a estiagem. Houve uma redução de 18,4% em
relação a estimativa inicial de produção, que era 346 mil toneladas de
grãos.
A cana-de-açúcar, que teve a colheita iniciada em abril, gerou 695 mil
toneladas até o fim de junho, com média de 85,4 toneladas por hectare. A
estimativa é colher 2,2 milhões de toneladas até o final da safra. Segundo a
empresa, as geadas de julho no Centro-Oeste afetaram os canaviais.
“No consolidado, estamos em linha com o orçamento decorrente do bom
desempenho das áreas do Maranhão que não sofreram impactos climáticos e
representam 60% da área de cana da Companhia”, diz o balanço, que destaca
ainda o aumento nos preços do etanol, que favorece os resultados.
Além de grãos e cana-de-açúcar, a BrasilAgro também arrenda uma
pequena parcela de seu portfólio, áreas onde opera algodão e gado, que
somados representam 10% da receita líquida total.
Com portfólio de 275.298 hectares divididos em seis estados brasileiros,
além do Paraguai e da Bolívia, a BrasilAgro traz no relatório o balanço de
áreas transformadas durante a safra, totalizando um acréscimo de 6,8 mil
hectares de terras para produção. “Com isso, acumulamos uma área total
transformada de 138,3 mil hectares em 12 anos de operação. Isso representa um
crescimento médio de 27% na transformação do portfólio, que é o principal
vetor de valorização das nossas propriedades”, afirma a diretoria. Com
informações da assessoria de imprensa da BrasilAgro.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 25/04/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.885,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.100,00Milho Saca
R$ 73,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/04/2025 09:50