Porto Alegre, 5 de outubro de 2022 – A Cargill pretende aumentar o uso de biocombustíveis e
planeja encomendar navios movidos a metanol como parte de seu plano para reduzir as emissões de CO2
na atmosfera, disse um executivo sênior da trader global de commodities nesta quarta-feira.
Uma das maiores afretadoras de navios do mundo, a Cargill vem testando o desempenho operacional
dos biocombustíveis em suas embarcações desde o início do ano, enquanto intensifica os esforços
para se tornar verde.
A empresa almeja aumentar o uso de biocombustíveis pelos navios para 50.000 toneladas até
meados ou final de 2023, bem acima das 12.000 toneladas desde janeiro, disse o chefe da área de
combustíveis marítimos da empresa, Olivier Josse.
“Vamos trazer um pouco de éster metílico de ácidos graxos (FAME) e fazer algumas misturas no
quarto trimestre em Cingapura”, disse ele, referindo-se ao bioconteúdo misturado com diesel fóssil
para a produção de biodiesel.
A mudança para misturar o FAME em Cingapura visa tentar entender a demanda e o apetite dos
clientes por biocombustíveis como combustível de abastecimento, acrescentou Josse.
A Cargill também está testando o uso de metanol como combustível de transporte, disse ele.
“Estamos em processo de licitação para aquisição de navios movidos a metanol, que serão
entregues em alguns anos.”
O transporte marítimo global é responsável por quase 3% das emissões mundiais de CO2, uma
vez que cerca de 90% do comércio mundial é transportado por via marítima.
Até 2050, a Organização Marítima Internacional (IMO) pretende reduzir pela metade as
emissões de gases de efeito estufa do setor em relação aos níveis de 2008. Essa meta exigirá o
rápido desenvolvimento de combustíveis com zero ou baixa emissão e novos projetos para navios.
No ano passado, a Cargill disse que cortou quase 1,5 milhão de toneladas de emissões brutas de
carbono de sua frota desde 2017.
Também vem trabalhando com parceiros de tecnologia para instalar velas em algumas
embarcações, o que reduzirá as emissões de carbono em até 30% ao aproveitar a energia eólica.
Josse disse que o primeiro navio movido a energia eólica da Cargill seria entregue no início
de 2023, acrescentando que ele também vê metanol, amônia e biocombustíveis em uma mistura
alternativa de combustível no futuro.
“Esperamos que os ventos componham uma grande parte do nosso mix de combustível”, acrescentou.
As informações partem da Agência Reuters.
Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
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R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45